Milho

O mercado do cereal inicia a semana sem grandes novidades, ou seja, a soja continua como foco neste período, além de produtores resistentes em ofertar o milho armazenado.

A expectativa é que este cenário de mercado físico travado ainda continue no curto prazo, especialmente com a ponta compradora mostrando menor necessidade de originação neste momento.

Já em Chicago as cotações iniciaram a semana com novas acomodações, o contrato para março/20 recuou 0,57%, com fechamento na véspera (04/nov) em US$ 3,93/bushel.

A pressão negativa aconteceu pela previsão de condições climáticas favoráveis, alimentando expectativas de provável avanço da colheita por lá.

Adiciona-se ainda o próximo relatório de oferta e demanda a ser divulgado na próxima sexta-feira (08/nov), e a queda de 29% das exportações norte-americanas na comparação semanal (previstas em 275 mil toneladas – USDA).

Boi gordo

No final de outubro a carcaça casada bovina manteve o movimento de alta em mais uma semana.

O boi casado no atacado paulista encerrou o mês de outubro cotado em R$ 11,50/kg – alta de 1,19% em relação à semana anterior. No comparativo mensal acumula alta de 8,54%.

Com a chegada do mês de novembro, momento em que o consumo de proteínas se amplia, a expectativa é que os preços da carne no atacado continuem firmes.

Junto a isso, a oferta de animais prontos continua escassa, o que também pode elevar as indicações pela matéria-prima no curto prazo.

O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), fechou outubro em 2,11% – maior valor desde junho, quando alcançou 4,21%.

Ontem (04), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 167,25/@ – baixa de 1,36% no comparativo diário.

Soja

O mercado da soja já começa a se preparar para o próximo relatório de oferta e demanda a ser divulgado nesta sexta-feira (08) pelo USDA.

Neste sentido, não são esperadas grandes alterações em relação as previsões anteriores, a dúvida fica para um possível efeito negativo pela ocorrência de neves em regiões pontuais.

Além disso, adiciona-se a expectativa de que os EUA e a China alcancem a “fase 1” de um acordo comercial ainda no curto prazo, embora sem confirmação de local ou data para um próximo encontro entre os líderes dos dois países.

Para a safra brasileira, o destaque segue para a falta de chuvas neste início de temporada, o período mais seco se mostra generalizado, acontecendo em boa parte do MS, oeste do PR, metade sul de Goiás e em grande parte do estado de São Paulo.

De modo geral, os mapas indicam chuvas acumuladas nessas regiões entre 20 e 40 mm, o que pode ajudar a destravar o plantio.