Milho

A comercialização com o cereal segue seu ritmo cadenciado, com produtor ainda resistente em entregar a matéria-prima armazenada.

Esse ambiente pouco ofertado sustenta as cotações no mercado físico, com registro de novos reajustes positivos nos últimos dias.

O último indicador do CEPEA fechou em R$ 43,52/sc (+0,12%), acumulando alta de 11,36% desde o início deste mês. Além disso, as valorizações colocaram a referência da Esalq no maior valor desde o início de junho de 2018.

E enquanto o mercado físico continua fortalecido, os preços do milho em bolsa passam por correções negativas no início do pregão hoje (23).

O contrato para nov/19 recua 0,02 pontos com parcial em R$ 43,54/sc (em linha com o último indicador do CEPEA), já o vencimento para jan/20 cai 0,12 pontos em R$ 43,60/sc.

Ou seja, após o rali de alta desde o início de setembro, os contratos finalmente parecem resistentes em renovar suas máximas, ao menos no curto prazo.

Portanto, os contratos futuros devem passar por correções, enquanto buscam por novo equilíbrio, ou novidades a direcionar suas indicações.

Boi gordo

Foi aprovado ontem (22) o texto-base da reforma da previdência no Senado, embora a conclusão tenha sido adiada para hoje (23). A perspectiva é que com a reforma, o país retome o equilíbrio fiscal no longo prazo, e isso traga novamente a confiança dos investidores.

Amanhã (24), o presidente Jair Bolsonaro chega à China, período mais aguardado da viagem. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já se encontra no país desde segunda-feira (21).

Na reunião com o administrador-geral da GACC, órgão responsável por questões sanitárias e fitossanitárias, a ministra discutiu ampliar o conjunto de produtos agropecuários a serem exportados para China.

Ademais, o indicador da Esalq/B3 fechou ontem (23) em R$ 166,25/@, alta de 1,43% no comparativo diário, com máxima registrada em R$ 172,56/@.

Mas dessa vez, o destaque fica para cotação mínima também ganhando força, com fechamento em R$ 157,22/@ – alta de 2,5% ante o fechamento anterior.

Na B3 os contratos futuros permanecem fortalecidos, o contrato para novembro/19 fechou em R$ 171,90/@, subindo R$ 0,90 em relação ao dia anterior.

Soja

Os contratos de soja em Chicago abrem o pregão em campo negativo, com os contratos mais curtos passando por correções entre 2,25 e 3,25 pontos. Mas apesar dos ajustes, os valores em bolsa ainda conseguem sustentar os novos patamares alcançados.

Desde o início deste mês, os contratos ganharam ao redor de 1,42% (alta equivalente a 13 pontos), apoiados na diminuição das tensões entre Estados Unidos e China.

Entretanto, para continuação do movimento altista, novas informações concretas sobre a disputa sino-americana precisam ser confirmadas.

O vencimento para novembro/19 (contrato com prazo mais curto), tem parcial em US$ 9,31/bushel, mantendo os patamares mais altos desde 24 de junho deste ano.

No mercado doméstico, a desvalorização do dólar sobre o real ontem esfriou as negociações. Aliás, o dólar caiu 1,19% com última parcial em R$ 4,08 (menor valor em mais de duas semanas).