O Estado de Santa Catarina vendeu para a China de janeiro a setembro um volume de carne suína 26,4% maior que em igual período do ano passado. Foram 168,5 mil toneladas. A receita obtida passa de US$ 342,2 milhões, ou 38% acima, informa o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), com base nos números são divulgados pelo Ministério da Economia.
“O agronegócio catarinense vive um bom momento, com resultados importantes ao longo do ano”, disse em nota o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa. Segundo ele, o resultado reflete o avanço da peste suína africana na Ásia. “O Brasil deve reforçar os controles em portos e aeroportos. Em Santa Catarina estamos concentrando nossos esforços na defesa agropecuária para que o estado se mantenha livre de qualquer doença”, disse.
A expectativa dos catarinenses é de que a demanda do país asiático siga aquecida até 2020. “A China deve continuar aumentando suas importações de proteínas de origem animal, em função da drástica redução no rebanho suíno causada pelo surto de peste suína africana que o país atravessa. Nesse cenário, o Brasil, e em especial Santa Catarina, possui condições de atender parte dessa demanda adicional, tendo em vista a competitividade dos seus produtos e as boas condições sanitárias da produção animal”, diz o analista Alexandre Giehl, do Epagri/Cepa.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. (AE)