Milho

O departamento de agricultura dos EUA (USDA) divulgou ontem (10) o seu novo relatório mensal de oferta e demanda, trazendo novos cortes para a produção de soja no país, e preservando sua projeção de colheita com o milho.

A estimativa de produção de milho nos EUA caiu apenas 0,15%, passando de 350,52 do último relatório, para 350,01 milhões de toneladas neste mês (recuo de 4,5% em relação à safra 2018/19).

Já os estoques iniciais passaram por revisões mais expressivas, caindo 13% em relação ao relatório anterior e com nova projeção em 53,71 milhões de toneladas.

Deste modo, os estoques finais também foram revistos, caindo 12% e sendo estimados atualmente em 49 milhões de toneladas.

Entretanto, o mercado esperava cortes maiores, com expectativas de que a produção seria reduzida para proporção ao redor de 345,00 milhões de toneladas, além de estoques sendo cortados para 43 milhões de toneladas.

Com o cenário mais otimista pelo relatório, os futuros do milho perderam suporte e fecharam o pregão ontem caindo 13 pontos. O contrato para dez/19 fechou o pregão da véspera em US$ 3,80/bushel – o menor valor em quase duas semanas.

Boi gordo

A arroba continua sustentada no mercado físico, principalmente pela baixa disponibilidade de animais prontos para abate e pelo maior consumo de proteína bovina na primeira quinzena do mês, combinado a isso, está a expectativa que as exportações continuem aquecidas.

Ontem (08/out), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 162,70/@, queda de 1,47% no comparativo diário, com as máximas registradas em R$ 168,85/@.

Na B3, o contrato para novembro/19 fechou em R$ 165,00/@ – queda de 0,05 pontos ante o fechamento anterior.

Com relação ao mercado internacional, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relatou que exportadoras norte americanas venderam 18,8 mil toneladas de carne suína para China nesta semana, para entrega no ano comercial de 2020. Segundo fontes, as vendas são um sinal de boa vontade do gigante asiático nas negociações com os EUA.

Enquanto isso, a Coreia do Sul ainda faz esforços para controlar o surto de peste suína africana (PSA), que já conta com 13 focos identificados. Só nesta semana foram sacrificados aproximadamente 145 mil suínos.

A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em seu último relatório, elevou para 6,28 milhões de suínos abatidos em países asiáticos por causa da contaminação pelo vírus da PSA.

Soja

O Departamento de Agricultura dos EUA fez um novo corte expressivo para a produção de soja no país, passando de 98,87 milhões de toneladas do boletim de setembro, para 92,62 milhões de toneladas neste mês (queda de 2,3% entre os relatórios, e recuo de 19,8% em relação à safra 2018/19).

Os estoques iniciais também passaram por ajustes, caindo 9,2% entre os relatórios, projetados agora em 24,85 milhões de toneladas.

Com a queda para os estoques iniciais e para a produção norte-americana, a projeção dos estoques finais caiu expressivamente, o ajuste de 28% colocou a nova estimativa em 12,52 milhões de toneladas.

Após a divulgação do relatório, os valores em bolsa subiram 4,50 pontos, e novas altas são registradas no pregão hoje (11), com o contrato para nov/19 alcançando os maiores patamares desde meados de julho deste ano e parcial em US$ 9,30/bushel.

Além dos números do USDA, o mercado também acompanha novidades concretas sobre as negociações entre EUA e China, neste sentido, percebe-se um aumento das expectativas, com possibilidade de acordo cambial e adiamento de novas tarifas.

Entretanto, quando a disputa sino-americana está no centro da mesa, o otimismo deve ser calibrado.