Milho
Após os últimos dias marcarem valorizações para o milho, o mercado parece se aproximar de um novo equilíbrio, com as altas já se mostrando mais comedidas.
Aliás, os contratos do milho abriram o pregão hoje (09) com movimentações mais tímidas, o contrato de nov/19 contou com novas negociações nos mesmos patamares da véspera, preservando os R$ 40,70/sc.
Já o vencimento para jan/20 perde R$ 0,03/sc nos primeiros minutos, com parcial em R$ 41,77/sc.
No mercado físico, as negociações em Paranaguá continuam entre R$ 39,00 e R$ 39,50/sc, também preservando as indicações desta semana – apesar de menores em relação à semana anterior, quando os valores ficaram acima de R$ 40,00/sc.
No Mato Grosso, de modo geral, os preços ficam entre R$ 28,00 e R$ 30,00/sc, ligeiramente abaixo das parciais em Rio Verde/GO, onde ficam ao redor de R$ 32,00/sc (preços FOB).
O fato é que o mercado de milho continua menos ofertado neste momento, com produtores voltados aos trabalhos em campo com a soja, enquanto que a demanda doméstica se mostrou mais ativa para recomposição dos seus estoques – essa dinâmica permitiu revisões positivas para o valor do cereal.
Boi gordo
A baixa disponibilidade de animais terminados segue como o principal fator de sustentação, com este cenário ainda refletido sobre as programações de abate das indústrias.
Com o escoamento de carne no atacado relativamente maior neste período do mês, algumas indústrias indicam preços mais altos para colocar animais para a escala.
Mas no Mato Grosso do Sul, na região norte do país e em algumas praças do Mato Grosso, as programações de abate resistem em avançar para além de 5 ou 6 dias úteis.
Entretanto, em algumas regiões de São Paulo e em Goiás, as programações estão ligeiramente mais confortáveis, e algumas plantas podem alcançar entre 9 e 10 dias úteis.
Ontem (08/out), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 160,55/@, alta de 0,53% no comparativo diário, com a máxima registrada em R$ 167,92/@.
Na B3, o contrato para novembro/19 fechou em R$ 164,85/@ – queda de R$ 0,50 ante o fechamento anterior. Já o contrato para dezembro/19, foi cotado em R$ 167,00/@ alta de 0,30 pontos na comparação diária.
Soja
O atraso no desenvolvimento das lavouras norte-americanas, além de condições ligeiramente piores nesta semana, pressionaram positivamente as indicações em Chicago.
As cotações na CBOT avançam 10 pontos, com a parcial do contrato para março/20 em US$ 9,56/bushel. Na comparação semanal, este vencimento subiu 2,05%.
O mercado também aguarda o novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), com expectativa de importantes cortes para os estoques americanos, estima-se redução de 17,41 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas.
Novo corte também pode acontecer para a produção norte-americana, passando de 98,88 milhões de toneladas do último relatório, para 92,20 milhões de toneladas (queda de 6,75%).
O clima também continua no centro da mesa, nos Estados Unidos, o temor fica por conta de ocorrência de geadas e nevascas, especialmente a partir de novembro.
No Brasil, os mapas climáticos indicam período mais úmido a frente, com possibilidade de acumulados entre 15 e 35 mm em boa parte da região central, em uma faixa que pega a metade sul de Minas Gerais, avançando por grande parte de Goiás e do Mato Grosso.
Além disso, praticamente todo o estado de Rondônia, a metade norte do MS e o estado de São Paulo, também devem ser beneficiados pelo período mais úmido.