O BTG informou em relatório trimestral de proteína animal que vê continuidade da lucratividade sólida de empresas brasileiras do setor. Além disso, o boletim projetou aumento da demanda global em decorrência das perdas nos plantéis de suínos na China em decorrência da peste suína africana. O banco tem como recomendações principais para o setor a JBS e a Minerva, e se mantém neutro para BRF e Marfrig. Os dados de exportações divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia foram considerados “mistos”, mas não foram vistos como causa de preocupação.
De acordo com o BTG, a queda nas exportações de carne bovina em setembro mostrada pela Secex aconteceu em parte porque setembro de 2018 teve volume recorde de embarques e o terceiro trimestre do ano passado teve o impulso das vendas atrasadas em decorrência da greve dos caminhoneiros.
Já para a carne de frango, a queda anual no volume exportado em setembro foi considerada “um pouco surpreendente, considerando o aumento do volume de produção de carne de frango no Brasil (com patamares recordes alcançados em agosto)”. Os preços também ficaram abaixo da expectativa. Entretanto, o banco acredita que a lucratividade dos players brasileiros no setor deve se manter forte em decorrência dos spreads substancialmente acima da média histórica.
Embora o BTG não tenha considerado positivos os volumes de carne suína exportados, a alta dos preços e o custo de grãos sob controle mantiveram os spreads em bons níveis. (Estadão)