Milho

O relatório desta semana do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), destacou a participação do etanol no mercado do cereal.

O boletim aponta redução das exportações norte-americanas com o produto, caindo 19,4% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, somando 2,9 bilhões de litros embarcados.

O principal motivo se dá pela maior produção de etanol no Brasil, diminuindo nossas importações do produto americano.

No Brasil, a produção de etanol na região centro-sul caiu 3,4% ante o mesmo período da temporada anterior, mas um ponto importante fica para a produção a partir do milho, subindo 72,6% ante a safra 18/19 (produzindo 496,9 milhões de litros).

Outro ponto importante do relatório fica para a comercialização antecipada da safra 2019/20. Neste sentido, o MT já comercializou 35,84% do milho que ainda será semeado, alta semanal de 3,46 p.p., além de avanço de 11,67% em relação a 2018 (quando a comercialização se registrava em 24,17%).

Portanto, a venda antecipada, um importante fator para a formação dos preços na safra 2018/19, pode se repetir no próximo ano, limitando alívios aos preços do cereal.

Boi gordo

As exportações de carne bovina in natura em setembro/19 caíram 17,87% em relação ao mesmo período de 2018, contabilizando um volume total de 123,72 mil toneladas e uma receita de US$ 525,39 milhões.

A média diária registrada ficou em 5,89 mil toneladas, avanço de 2,52% em relação à média do mês anterior, mas recuo de 25,69% frente ao desempenho do mesmo período de 2018.

Entretanto, mesmo com as exportações demonstrando menor desempenho, a expectativa é que a comercialização de proteína bovina para China se mantenha impulsionada, visto que o país ainda sofre com a peste suína africana.

Com isso, a Minerva Foods anunciou um memorando com dois novos representantes que buscarão elevar os canais de distribuição de carne bovina no gigante asiático, dada a alta demanda por proteína animal que o país se encontra.

Ontem (01/set), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 161,60/@, queda de 0,37% no comparativo diário, com as máximas registradas em R$ 167,66/@.

O contrato para novembro/19 fechou em R$ 165,50/@ – alta de 1,00 ponto ante o fechamento anterior.

Soja

O boletim semanal do Imea para a soja, destacou o atraso do ciclo da oleaginosa nos Estados Unidos, reflexo do plantio mais demorado nesta temporada.

De acordo com o USDA, o país colheu 7% da área prevista, queda de 15 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado, quando 22% da área já tinha sido colhida.

Em relação à safra brasileira, o boletim registra que 1,69% da área prevista foi semeada, e também atrasada com relação a temporada anterior, quanto 4,32% da área já tinha plantada.

E assim como o milho, a comercialização se mostra mais adiantada nesta temporada, com 31% da safra 2019/20 já negociada, contra 21,5% no mesmo período do ano passado.

E ainda, o boletim também traz informações sobre a menor importação chinesa de soja, consequência do avanço da peste suína africana no país. As importações caíram 9,17% entre janeiro e agosto deste ano frente o mesmo período do ano anterior, passando de 62 para 56,31 milhões de toneladas.