Milho

O destaque ontem (30), ficou para a atualização dos estoques trimestrais norte-americanos, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O relatório surpreendeu o mercado por trazer número menores em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o USDA, as suas reservas estão em 53,7 milhões de toneladas, queda de 1,2% (660 mil toneladas) na comparação com setembro/18.

Por outro lado, o mercado projetava uma ampliação de 7,5 milhões de toneladas, para 61,8 milhões de tons.

E assim, os futuros do milho em Chicago ganharam novo fôlego, o contrato para dezembro/19 (o vencimento com prazo mais curto), avançou 4,03% frente ao seu valor de abertura, com fechamento em US$ 3,87/bushel.

As variações continuaram regionalizadas no mercado doméstico, sem aparente impacto do relatório do USDA sobre o ritmo de comercialização.

O indicador do CEPEA foi revisado negativamente para R$ 38,70/sc (-0,46% na comparação diária).

Boi gordo

Na sexta-feira (27/set), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou em seu relatório que foram identificados novos surtos de peste suína africana (PSA) no Timor Leste, região que até então permanecia livre da doença.

Segundo a OIE, há centenas de focos no município de Dili que conta com uma população de aproximadamente 400 mil suínos. Até o momento 405 animais foram sacrificados pela contaminação com o vírus.

A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), divulgou em seu último relatório aumento de 317 mil suínos abatidos em relação ao último levantamento (20/set), totalizando 6,237 milhões de animais já sacrificados.

No mesmo relatório, a FAO estima que 358 focos da doença estejam espalhados pela Ásia, registrando 10 novos focos em relação ao relatório anterior – Coreia do Sul (5), Filipinas (4) e China (1).

A China continua com a situação mais delicada, onde 158 surtos em 32 províncias, incluindo Hong Kong, já foram identificados. O preço da carne suína já registra alta de 82% no ano e a inflação de alimentos bateu 10% em agosto. As carnes de frango e bovina sobem 72% e 20%, respectivamente.

Ontem (30/set), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 162,20/@, alta de 0,93% no comparativo diário, com as máximas registradas em R$ 167,66/@.

Soja

O relatório divulgado ontem (30/set) pelo USDA também surpreendeu o mercado, que esperava números maiores do que anunciado.

As reservas com soja dos EUA foram atualizadas para 24,85 milhões de toneladas, alta de 108% em relação as 11,92 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.

Mas apesar dos estoques duas vezes maiores neste ano, o mercado esperava que os números para os estoques ficassem ao redor de 26,67 milhões de tons. Além disso, outro fator altista para as cotações veio de uma revisão para a produção de soja na temporada 2018/19.

O USDA reduziu a produção com o grão na temporada passada para 120,52 milhões de toneladas, ante projeção em 123,68 milhões de toneladas.

Com os novos números do Departamento de Agricultura, as cotações subiram em Chicago. O contrato para novembro/19 avançou 2,41% (alta de 21,25 pontos), fechando em US$ 9,04/bushel.

Nesta manhã (01/out), as cotações em Chicago mostram novas altas, apesar de menor intensidade, retornando aos maiores patamares desde 19 de julho de 2019.