Milho
As negociações no mercado físico continuam travadas, com produtor ainda resistente em aceitar propostas de preços menores em relação aos observados nas últimas semanas.
Além disso, a ponta vendedora também mostra maior interesse em comercializar o milho no spot com prazos mais curtos para a entrega e pagamento.
No sul do Mato Grosso, as indicações seguiram estáveis, ao redor de R$ 24,50/sc para retirada e pagamento imediato, e ao redor de R$ 1,00/sc mais alto para entrega e pagamento em novembro/19.
Os contratos em bolsa abrem o pregão hoje (26) com novas valorizações, o vencimento para nov/19 avança 0,20 pontos na primeira hora do dia, e a parcial em R$ 40,35/sc retorna aos maiores patamares de preços desde o relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA em meados de agosto/19.
O clima também pesa sobre o mercado, com os mapas climáticos indicando um período mais úmido no curto prazo para importantes praças produtoras brasileiras.
Regiões do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais devem receber os maiores volumes de chuvas nos próximos dias.
Boi gordo
A arroba do boi gordo seguiu firme por mais uma semana, com tímidas valorizações em grande parte das praças analisadas pela Agrifatto.
A oferta restrita de animais prontos é o principal fator de sustentação dos valores, embora alguns frigoríficos tenham fechado lotes anteriormente, mostrando programações de abate mais confortáveis – ao redor de 7 e 8 dias úteis.
Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados brasileiros da produção de carne bovina do 2º trimestre deste ano.
Durante os 6 primeiros meses, a produção nacional totalizou 3,91 milhões de toneladas de carcaça bovina, volume 3,89% maior comparado ao mesmo período do ano anterior.
O primeiro lugar para produção de proteína bovina fica para o MT, com a produção de 722,19 mil toneladas de carcaça bovina, crescimento de 17,6% em relação a 2018. O volume ultrapassa o recorde alcançado em 2013, quando a produção do estado chegou a 638 mil toneladas.
Ontem (18/set), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 158,60/@, queda de 0,03% no comparativo diário.
Soja
A movimentação nos portos segue relativamente devagar, especialmente para embarques no curto prazo.
As negociações mais frias resultam do menor interesse de compra chinês, que fechou mais de 700 mil toneladas dos Estados Unidos na última semana, as compras também foram interpretadas pelo mercado como um gesto de boa vontade para as negociações da disputa comercial.
Além disso, o grão deverá ser carregado em outubro e novembro, período de menor disponibilidade da matéria-prima brasileira, enquanto a oferta se amplia nos EUA.
Mas as negociações para carregamentos com a soja brasileira para o próximo ano já se mostram mais aquecidas, especialmente para embarques entre abril e julho por Paranaguá.
O dólar estimulou novas vendas, com o câmbio alcançando máximas ontem (25) ao redor de R$ 4,19. Entretanto, o dólar fechou em níveis menores, com novas baixas na primeira hora do dia.
Na parcial, o dólar fica ao redor de R$ 4,13 hoje (26), o menor patamar em uma semana.