Milho

O Ministério da Economia divulgou ontem (23) o seu relatório semanal com as exportações brasileiras.

Os embarques com o milho continuam com desempenho positivo, registrando embarque de 4,76 milhões de toneladas nos 15 primeiros dias úteis do mês.

O ritmo diário de 317 mil toneladas representa avanço de 79,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mas recuo de 8,7% frente ao mês anterior (quando o país alcançou o recorde de 7,65 milhões de toneladas).

Os embarques com o cereal na parcial deste ano acumulam 27,6 milhões de toneladas, superando o volume exportado ao longo de todo o ano de 2018, quando 23,8 milhões de toneladas foram enviadas ao mercado externo.

No mercado doméstico as negociações continuam pontuais e com preços firmes. O último indicador do CEPEA subiu 0,50 p.p. para R$ 38,07/sc, trata-se do maior valor desde o início de julho/19.

Boi gordo

Os preços pecuários iniciaram a semana com novos reajustes positivos, com o indicador do CEPEA registrando máxima em R$ 166,98/@.

Entretanto, o consumo tende a se enfraquecer na segunda metade do mês, o que pode fazer com que os frigoríficos fiquem mais cautelosos em novas compras com preços renovados.

Por enquanto, a dificuldade na originação da matéria-prima mantém o mercado físico fortalecido, com programações de abate em torno de 4 a 6 dias úteis.

A exceção ocorre em São Paulo e Mato Grosso, com médias entre 6 e 7 dias úteis, com maior fluxo de animais vindos de confinamentos.

Além disso, as cotações futuras trabalham em campo positivo, gerando oportunidades para o gerenciamento dos riscos de preços, especialmente pela viabilidade de alívio dos valores com a chegada dos animais do 2º giro de confinamento.

O contrato para outubro/19 fechou em R$ 162,25/@ – alta de 0,60 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou em R$ 165,20/@, alta de R$ 0,50 ante o fechamento anterior.

Ontem (18/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 160,60/@, alta de 1,17% no comparativo diário.

Soja

As exportações com a soja também foram atualizadas ontem (23) pelo Ministério da Economia, com o país enviando 3,23 milhões de toneladas até a terceira semana deste mês.

O ritmo diário ficou em 215 mil toneladas, caindo 11% em relação ao mês anterior, além de queda de 10,3% frente ao mesmo período do ano passado (quando 4,56 milhões de toneladas foram exportadas).

Se o ritmo diário for mantido ao longo de setembro, a expectativa é que 4,52 milhões de toneladas sejam embarcadas até o final do mês.

E tratando-se de mercado internacional, há informações de que a China tenha comprado 600 mil toneladas de soja dos EUA.

As compras acontecem após reuniões preparatórias para o encontro entre os dois países no próximo mês, indicando disposição do país asiático em diminuir a escalada da tensão na disputa comercial.

As cotações em Chicago responderam positivas as novas compras chinesas, com o contrato para nov/19 avançando 9,00 cents/bushel ao longo do pregão da véspera (equivalente a +1,02%).