(Reuters) – As importações de carne suína pela China aumentaram 76% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira, com o maior consumidor mundial de carne estocando suprimentos depois que uma doença mortal dizimou seu rebanho de porcos.
A China recebeu 162.935 toneladas de carne de porco no mês passado, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, um aumento de 76% em relação a agosto de 2018, mas abaixo das 182.227 toneladas de julho.
Uma epidemia de peste suína africana reduziu o maior rebanho suíno do mundo em quase 40%, de acordo com dados oficiais, elevando os preços da carne para 41,9 iuanes (5,89 dólares) por kg e elevando o preço dos alimentos no país ao mais alto nível desde janeiro de 2012.
As importações de carne suína pela China nos primeiros oito meses do ano foram de 1,16 milhão de toneladas, um aumento de 40,4% em relação ao ano anterior.
As importações de carne bovina atingiram 130.619 toneladas, um aumento de 32%, elevando os volumes nos primeiros oito meses para 980.334 toneladas, um aumento de 54% em relação ao ano anterior.
As importações de frango em agosto aumentaram 51% para 67.074 toneladas, com volumes totais até agora este ano em 483.743 toneladas, um aumento de 48%.
A expectativa é de que as importações de carnes aumentem ainda mais, enquanto o Ministério do Comércio afirma que embarques mais fortes e a liberação de reservas de carne de porco congelada ajudariam a garantir o fornecimento.
Entre os países beneficiados pelas maiores importações de carnes pela China está o Brasil, maior exportador global de carne bovina e de frango.
No início de setembro, a China liberou 25 novos estabelecimentos do Brasil para exportar carne ao país asiático.
As autorizações envolveram unidades de empresas como BRF, Marfrig e Minerva.
Na semana passada, os chineses liberaram mais unidades argentinas para exportação.