Gustavo Machado é engenheiro agrônomo e consultor de mercado pela Agrifatto
Caroline Matos é graduanda em zootecnia pela USP e estagiária pela Agrifatto
Segundo dados das Pesquisas Trimestrais de Abate de animais, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (12/set), foram abatidas 8,04 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2019, alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior (1ºTRI/19).
Quando comparado com o mesmo período do ano passado (2ºTRI/18), os abates avançaram em intensidade maior, alta de 3,5% do número de cabeças.
Os estados que mais se destacaram foram: Mato Grosso (+257,03 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+99,22 mil cabeças), São Paulo (+45,03 mil cabeças), Rondônia (+28,18 mil cabeças), Santa Catarina (+12,63 mil cabeças) e Bahia (+6,43 mil cabeças).
A participação do Mato Grosso representa 17,8% do total do abate nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,4%) e São Paulo (10,1%).
Outro ponto importante fica para a aceleração dos abates de novilhas, alta de 24,31% na comparação anual, e avanço de 9,50 p.p. na comparação trimestral. No 2ºTRI/2019 o país abateu 1.084 cabeças de novilhas, contra 872 cabeças no mesmo trimestre em 2018.
Já o abate de vacas mostra redução, caindo 15% no 2ºTRI deste ano frente o período anterior, seguindo o movimento sazonal. O país abateu 2.519 cabeças desta categoria no 2ºTRI/19.
A participação de vacas nos abates também caiu na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda ficou em 2,10%, com abate de 2.753 cabeças no 2ºTRI/2018.
Os curtumes, investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro, declaram ter recebido 8,39 milhões de peças de couro, volume que apresenta aumento de 1% em relação ao segundo trimestre de 2018, mas queda de 0,9% quando comparado ao primeiro trimestre de 2019.
Assim como no abate de bovinos, o Mato Grosso recebe 16,5% das peças de couro cru para processamento, liderando o ranking nacional de estados, em segundo lugar o Mato Grosso do Sul, com 14,5%, e São Paulo, com 12% da produção nacional.