Milho
As exportações com o milho começaram o mês em bom ritmo. O país embarcou 2,04 milhões de toneladas nos 5 primeiros dias úteis do mês.

O ritmo diário de 409,4 mil toneladas tem desempenho 17,8% maior em relação ao mês anterior (destaca-se que o país alcançou um novo recorde em ago/19, com envio de 7,64 milhões de toneladas).

Além disso, a média diária representa avanço de 131,4% em relação a setembro/18.

Se o país preservar o mesmo ritmo observado no início deste mês, o volume embarcado com o cereal pode ficar acima de 8,0 milhões de toneladas, o que representaria a renovação do recorde do mês anterior.

Os contratos futuros seguem em recuperação, com o contrato para novembro/19 subindo 0,37 pontos e com parcial em R$ 38,38/sc – maior valor desde o início do mês.

A queda cambial esfriou a comercialização nos portos, com a demanda doméstica como principal condutor das negociações.

Em Dourados/MS, as indicações de compra mantiveram os preços observado na semana anterior, ao redor de R$ 28,50/sc para retirada e pagamento no próximo mês.

Boi gordo

Com a liberação de 25 novas plantas brasileiras a exportar para a China, a arroba do boi deve se manter firme nos próximos dias.

Entretanto, vale a pena ressaltar que os frigoríficos levarão ao redor de 2 semanas para começar a produzir carne para o mercado chinês, visto que é necessária a liberação da documentação específica do SIF (etiquetas, caixas, etc.).

Após adequação do produto, ainda serão necessárias, aproximadamente, 1-2 semanas para os embarques.

Portanto, estima-se que os efeitos sobre os preços podem ser mais expressivos no próximo mês, quando os frigoríficos começarão a demandar mais animais para a etapa de produção.

A Minerva também divulgou ontem (09/set), que a liberação das plantas de Rolim de Moura (RO) e Palmeiras de Goiás (GO), somadas a unidade de Barretos (SP), representam 45% da sua capacidade operacional no Brasil (com capacidade de abate próximo a 4.340 cabeças/dias).

Na B3, o contrato para outubro/19, fechou em R$ 161,65/@ – alta de 1,70 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19, fechou em R$ 163,85/@, alta de R$ 1,65/@ ante o fechamento da véspera.

Soja

As exportações com a soja seguem menores a cada mês, com o país enviando 1,19 milhão de toneladas neste início de setembro (5 primeiros dias úteis).

O ritmo diário de 238,9 mil toneladas representa recuo de 1,2% em relação ao mês anterior, além de ligeira queda de 0,5% ante o mesmo mês do ano passado.

O Brasil vem diminuindo seu volume exportado com soja desde maio (quando enviou 10,84 milhões de toneladas), e apesar de não enfrentar a concorrência dos EUA para atender o mercado chinês, os volumes embarcados estão em linha com a média dos últimos 5 anos.

Os volumes gradualmente menores, além de refletirem o período sazonal, também demonstram menor apetite chinês, dada a disseminação da peste suína africana que já pode ter sacrificado um terço do plantel de suínos na China.

No mercado doméstico, a comercialização segue relativamente lenta, com a desvalorização do câmbio afastando a ponta vendedora, e com o lado comprador também demandando menos.

Em Dourados/MS, as propostas de compra mantiveram-se em relação ao da semana passada, ao redor de R$ 77,00/sc para retirada e pagamento neste mês.