Milho
O país alcançou um novo recorde com as exportações de milho em agosto, renovando o anterior que tinha sido cravado em julho/19 (6,32 milhões de toneladas).
Em agosto/19, o Brasil enviou 7,65 milhões de toneladas, alta de 26,7% frente ao mês anterior. Na comparação anual, o volume subiu 183% (em agosto/18, o país enviou 2,82 milhões de tons).
A ampla produção brasileira e o câmbio em alta mantém a competitividade brasileira no mercado internacional, aquecendo as negociações nos portos.
A continuidade deste cenário deve levar o país a alcançar o maior volume de exportação para uma temporada, com a quantidade exportada estimada hoje em 38 milhões de toneladas.
No mercado doméstico, a semana deu sequência ao cenário de baixa liquidez. Além da procura por preços maiores, a bolsa norte-americana (CBOT) ficou fechada ontem (02), devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
Na B3, os futuros do milho abrem o pregão em campo positivo, com o set/19 subindo 0,09 pontos (parcial em R$ 37,15/sc), e o novembro com alta de 0,07 pontos (parcial em R$ 38,40/sc).
Boi gordo
A maioria das indústrias registram programações de abate encurtadas, e se o escoamento de carne no atacado se aquecer nos próximos dias, as indicações de compra podem ser reajustadas para cima pela necessidade de recomposição dos estoques.
Além disso, a disponibilidade de animais prontos continua limitada, e combinado com a possibilidade de maior atuação da ponta compradora, o cenário que se desenha é de continuidade de um mercado fortalecido.
As exportações de carne bovina in natura do mês de agosto/19 foram divulgadas ontem (02/set), contabilizando um volume total de 126,5 mil toneladas e uma receita de US$ 528,5 milhões.
A média diária registrada ficou em 5,75 mil toneladas, avanço de 2,45% em relação à média do mês anterior, mas recuo de 8,53% frente ao desempenho do mesmo período de 2018.
Ontem (02/set), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 155,70/@, queda de 0,86% no comparativo diário.
Na B3, o contrato para outubro/19, fechou em R$ 159,90/@ – queda de 0,20 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19, fechou em R$ 162,00.
Soja
Ontem (02), o feriado do Dia do Trabalho nos EUA manteve a CBOT fechada, e em seu retorno hoje, refletem o acirramento da disputa comercial com novas baixas.
Além disso, os mapas climáticos para os próximos dias indicam precipitação em algumas regiões, além de temperaturas dentro do esperado para a época do ano. As condições são positivas para o desenvolvimento da cultura.
As quedas acontecem ao redor de 5 cents/bushel, e Chicago deve operar sobre pressão ao longo do pregão hoje.
Ontem, o USDA atualizou as condições das lavouras norte-americanas, subindo em 2 p.p. as áreas em boas condições. E assim, 55% das áreas estão em boas/excelentes condições, contra 53% no relatório anterior.
E novos números também foram divulgados para a temporada brasileira, o Ministério da Economia divulgou as exportações com soja em agosto, o país segue enviando volumes gradualmente menores.
Em agosto, o Brasil embarcou 5,33 milhões de toneladas de soja em grão, queda de 28% em relação ao mês anterior (7,82 milhões de tons), e recuo de 31,4% ante o mesmo período no ano passado.