A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,1% em agosto, ante uma taxa de 5,3% registrada em julho, informou nesta quarta-feira, 21, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Na comparação com agosto de 2018, houve redução de 0,6 ponto porcentual.

 “A trajetória favorável da inflação observada nos últimos meses continuou a influenciar positivamente a expectativa dos consumidores em todas as faixas de renda. Contudo, a elevação do preço da energia elétrica em julho e agosto e a diminuição do ritmo de queda dos preços de alimentos podem ter se colocado como obstáculo para uma redução maior das expectativas, principalmente na primeira faixa de renda, que apresentou alta”, avaliou Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Na distribuição por faixas de inflação, 43,4% dos consumidores projetaram uma taxa abaixo da meta de inflação de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. No mês anterior, esse porcentual era de 37,7% dos consumidores.

Na análise por faixas de renda, a maior queda nas expectativas para a inflação em agosto ocorreu entre as famílias mais ricas, com renda familiar mensal acima de R$ 9.600,00: uma queda de 0,4 ponto porcentual, para 4,1%.

Entre os consumidores de renda mais baixa, que recebem até R$ 2.100 mensais, houve alta de 0,1 ponto porcentual, para 6,0%.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação. (DCI)