Milho

As negociações nos portos brasileiros esfriaram nesta semana, a forte queda dos futuros em Chicago afastou operadores do mercado, aguardando um cenário mais nítido.

As quedas na CBOT mantêm os prêmios sustentados nos portos brasileiros, girando ao redor de US$ 0,40/bushel (há 30 dias estava em US$ 0,25/bushel).

Mas mesmo com as altas dos prêmios e do dólar, os preços em Paranaguá acompanharam as desvalorizações da CBOT, caindo ao redor de R$ 1,70/sc nesta semana. Se há 7 dias a referência estava próxima a R$ 39,00/sc, o último levantamento do CEPEA indica um balcão em R$ 36,90/sc.

O recuo dos preços e o cenário nebuloso diminuiu rapidamente a liquidez do mercado físico, e até mesmo os números do USDA são vistos com desconfiança.

Os futuros em bolsa refletem a indecisão do mercado, com o contrato para nov/19 caindo R$ 0,01/sc na primeira hora do pregão e com parcial em R$ 37,89/sc (15/ago).

Boi gordo

O mercado pecuário continua sem grandes novidades, com indicações sustentadas, mas sem novos fatores para impulsionar as indicações no curto prazo.

É fato que a disponibilidade é mais regulada neste momento, oferecendo sustentação aos preços. Cenário ainda mais evidente no Mato Grosso do Sul, onde as programações atendem até metade da próxima semana.

O predomínio das negociações no MS fica ao redor de R$ 147,00/@ (com pagamento a vista, e para descontar impostos).

Aliás, em um estudo realizado pela Agrifatto sobre o preço da arroba do boi gordo nos últimos 5 anos (2014-2018), houve um avanço entre agosto e setembro de todos os anos avaliados, excepcionalmente o ano de 2017 ocorreu uma queda dos preços nestes dois meses.

Ontem (13/ago), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 152,45/@, queda de 1,13% ante o fechamento anterior.

Na B3, o contrato futuro para outubro/19 fechou ontem (14) em 159,20/@, com desvalorização de 0,41% em relação ao dia anterior.

Nos primeiros dados divulgados terça-feira (14/ago) pelo IBGE, a produção de carcaças bovinas chegou a 2,01 milhões de toneladas no 1º trimestre de 2019 com crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período em 2018.

Soja

O dólar mostrou nova alta expressiva ontem (14/ago), com o avanço de 2,21% colocando o câmbio em R$ 4,05/US$. Trata-se do maior patamar desde o final de maio deste ano.

Nesta manhã, o dólar passa por uma revisão, devolvendo parte dos ganhos e com parcial na primeira hora do dia em R$ 4,03.

Em relação ao clima nesta temporada norte-americana, as previsões indicam volumes moderados de chuvas no Meio-Oeste. O clima deve manter as condições das lavouras por lá, aliviando, por hora, o temor de novos prejuízos.

No mercado doméstico, as valorizações cambias e dos prêmios nos portos colabora para a firmeza dos preços internos. Houve registro de negociações por R$ 77,00/sc na metade sul do MT.

As negociações acontecem para atender demanda do mercado interno, com entrega imediata e em valores R$ 2,00/sc acima do registrado na última semana.