Milho
A Conab divulgou ontem (08) o seu 11º levantamento de acompanhamento da safra, elevando neste relatório a produção do milho safrinha em 0,96%, a Companha prevê colheita de 73,1 milhões de toneladas.
A produção total de milho deve ficar próxima a 99,31 milhões de toneladas, se confirmado, representará um aumento de 22,92% em relação à temporada 2017/18.
Além disso, a Conab também subiu em 1,59% a sua projeção para o consumo doméstico de milho, previsto em 63,91 milhões de toneladas, representando uma demanda bastante aquecida no mercado interno.
As exportações foram revisadas para cima, subindo 2,99% em relação ao volume calculado no relatório anterior, a Companhia estima embarques de 34,50 milhões de toneladas.
No mercado físico, a expectativa de novas valorizações limita a disposição da ponta vendedora em fechar novos negócios, e as cotações seguem com sustentação e variações também limitadas.
No mercado futuro, as indicações terminaram o pregão ontem (09) em campo negativo, devolvendo parte dos ganhos obtidos na véspera. Mas nesta manhã, novas valorizações são registradas, com o mercado atento ao próximo relatório de oferta e demanda do USDA na segunda-feira (12).
Boi gordo
São Paulo registrou escalas gradualmente menores ao longo desta semana, fechando ontem com 7 úteis, redução de 20% ante ao fechamento de uma semana atrás.
As indicações no físico têm se mostrado gradualmente mais sustentadas, conforme a oferta de animais prontos fica mais regulada.
As indicações em SP continuam no intervalo entre R$ 154,00 e R$ 158,00/@, mas este último valor tem mostrado predomínio nas negociações. Além disso, animais com premiações China, por exemplo, orbitam os níveis em R$ 160,00/@.
O MS continua se destacando pela disponibilidade menor de animais prontos, com a programações atendendo até meados da próxima semana. Houve registro de negociações com boi comum por R$ 145,00/@ no estado (valor para descontar impostos e pagamento à vista)
No atacado, a cotação da carcaça casada bovina avançou 0,8% na semana, com média em R$ 10,30/kg. O movimento segue as previsões de melhora no consumo no início do mês e a chegada do Dia dos Pais.
Na B3, o contrato futuro para outubro/19 fechou ontem (08) em 161,30/@, com valorização de 0,4% em relação ao dia anterior.
Ontem (08/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,90/@, queda diária de 0,26%.
Soja
O 11º relatório da Conab de acompanhamento da safra 2018/19, ampliou a área plantada com a soja para 726,6 mil hectares
Em Chicago, as cotações iniciam o pregão hoje (09) com novas valorizações, as altas próximas a 6,25 cents/bushel retornam os valores aos níveis do início do mês, tentando recuperar as perdas ocorridas após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de novas taxações sobre os produtos importados da China.
Entretanto, as indicações continuam fragilizadas pela disputa comercial e estoques ampliados nos EUA, e assim, apenas o contrato de jan/20 baliza-se acima de US$ 9,00/bushel.
Outro fator chave para o equilíbrio das cotações fica para o clima norte-americano, neste sentido, o período mais seco e com temperaturas mais altas geram preocupações ao mercado, colaborando para cotações mais sustentadas.
No mercado doméstico, as indicações foram influenciadas positivamente pelas valorizações em Chicago, mas a acomodação do dólar limitou as altas. Aliás, o câmbio fechou em R$ 3,92 (queda de 1,2%).