Milho
Ontem (07) a movimentação com o milho se aqueceu, registrando novas negociações no mercado spot e em bolsa.
A valorização do dólar e a maior inclinação da ponta vendedora movimentaram o mercado físico, com registro de 20 mil toneladas comercializadas no Mato Grosso do Sul ontem, as indicações ficam em torno de R$ 28,00/sc (Dourados).
Em Campo Verde/MT o cereal foi comercializado por valores próximos a R$ 26,00/sc, com o mercado doméstico como destino.
Se o câmbio preservar os patamares atuais, combinado com a volatilidade observada em Chicago, esse cenário de comercialização mais aquecida pode continuar.
Já o pregão da véspera (07) foi marcado por valorizações e amplo volume de contratos negociados, o contrato para set/19 subiu 2,48% com fechamento em R$ 38,48/sc. Na esteira, o contrato para nov/19 avançou 2,10% para R$ 40,28/sc.
Já nesta manhã, o pregão devolve parte dos ganhos obtidos na véspera, a movimentação técnica se reflete em quedas entre R$ 0,15 e R$ 0,40/sc.
Boi gordo
Nesta quarta-feira, a arroba do boi gordo em São Paulo se aqueceu na maioria das praças analisadas pela Agrifatto. A média dentre as praças analisadas ficou em 155,40/@ (alta de 0,39% na comparação diária).
Reflexo dessa valorização é indicado pela falta de animais prontos, e consequentemente, um movimento de encurtamento das escalas de abate.
São Paulo conta com programações ao redor de 8,9 dias, maiores ante a média de 2019 (em torno de 7,5 dias). Entretanto, as escalas exibiram encurtamento de 4,95% na comparação semanal, um movimento importante para a recuperação dos preços.
Outros estados como Mato Grosso e Minas Gerais também mostraram programações de abate se reduzindo em 13,64% e 35,71% na semana, respectivamente.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adiou sua viagem à China que poderia habilitar os frigoríficos para exportação. Entretanto, a Indonésia começou a dar indícios de que até o fim deste ano poderia reabrir o mercado para a carne in natura do Brasil.
Ontem (07/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,30/@, redução de 0,49% no comparativo diário.
Ainda na B3, o contrato do futuro para setembro/19 fechou em 158,50/@ com valorização de 0,38% ante ao fechamento anterior.
Soja
A soja em Chicago caiu 3,25% desde o final de julho, as quedas expressivas aconteceram após a escalada das tensões entre EUA e China.
Mas as indicações parecem ter encontrado com suporte gráfico mais forte, e combinado com o mercado preocupado com as condições das lavouras americanas, os futuros passam por reajustes positivos no início deste pregão (08).
Além disso, o mercado já está atento ao novo relatório de oferta e demanda que será divulgado pelo USDA na próxima segunda-feira (12/ago).
Neste sentido, espera-se que o Departamento faça uma nova revisão para a sua estimativa de produção, e possivelmente, atualize a sua projeção para um número em torno de 103 milhões de toneladas (o relatório de jul/19 trouxe estimativa de 104,65 milhões de toneladas).
Já no mercado doméstico, a valorização do dólar e a recuperação da CBOT reajustaram para cima as indicações pelo grão.
No MS, as indicações subiram R$ 1,00/sc e se registram ao redor de R$ 74,00/sc (FOB – Dourados), para retirada imediata. Em Paranaguá, os valores subiram 0,65% e ficam balizados ao redor de R$ 83,10/sc.