A liquidez na BM&F registrou 37% de queda em relação ao mesmo período do ano passado. Os preços, como se tem acompanhado, estão bastante deprimidos. Observe a comparação entre o que foi registrado em 2016 e 2017:
Gráfico 1.
Evolução do mercado físico do boi gordo (R$/@) e projeção dos preços futuros 2017.
Gráfico 2.
Evolução dos preços do boi gordo (R$/@) ao longo de 2016.
Os custos, considerando a reposição realizada no ano passado, estão ainda altos e não absorveram por enquanto a queda forte recente dos preços.
Dito isso, travar em valores mais baixos tem sido um procedimento de difícil aceitação, especialmente porque muitos dos casos envolvem travamento de prejuízo operacional. Além disso, os frigoríficos não oferecem mais o mercado a termo, o que significa que além do resultado ruim, há a possibilidade de arcar com ajustes negativos. Se pelo menos ainda pudéssemos colocar o risco de ajuste para o frigorífico cuidar… mas em 2017 descobrimos que ele também pode reduzir a liquidez dos seus negócios.
Mas nem tudo é notícia ruim e lamentação nunca ajudou a resolver os problemas.
Lembre-se de que esses animais mais caros têm de ser repostos por animais mais baratos para a roda voltar a girar como a gente gosta. Insistir na manutenção desse custo é piorar o resultado da operação.
A ideia é controlar o que conseguimos, e nesse conceito não estão embutidos os preços.
Portanto, alertamos para a necessidade de encarar as coisas como são, evitar aumentar as perdas, e colocar logo esse animal para fora da fazenda, diluindo o custo dessa operação difícil através de nova reposição mais barata.
Nosso trabalho é produzir arrobas, não brigar com o mercado.