Milho

A ponta vendedora continua cautelosa na comercialização de novos lotes, já que os agricultores têm a expectativa de novas valorizações.

Além disso, o agricultor já tinha comercializado bons volumes antecipadamente, e devem especular com o volume restante ao longo dos próximos meses.

Em relação a trajetória dos preços, o mercado segue atento ao desenrolar da nova safra norte-americana, com os últimos relatórios de acompanhamento da safra do USDA preservando as condições das lavouras.

Por enquanto, 58% da safra de milho está em boas ou excelentes condições, alta de 1 p.p. em relação ao relatório da semana anterior.

Os prêmios nos portos ficam preservados ao redor de US$ 0,26/bushel – valor que tem se mantido nas últimas semanas. Além disso, o câmbio tem oscilado ao redor de R$ 3,78/US$ na última semana.

Com o câmbio e os prêmios oscilando em menor intensidade, as indicações no mercado físico seguem entre lateralizadas ou ligeiramente menores, com os problemas nos EUA limitando quedas mais expressivas.

O indicador do CEPEA, por exemplo, recuou 0,85% nos últimos 7 dias, passando de R$ 36,63 para R$ 36,32/sc.

Boi gordo

Com a concentração da oferta de animais prontos observada neste mês (marcando o final da safra de capim), as programações de abate mostraram-se mais alongadas ao longo de julho.

Aliás, a exceção ocorre em Rondônia, onde as programações estão mais curtas e se estendem até a metade da próxima semana.

A combinação de maior oferta de animais enquanto o consumo interno continua cadenciado, resulta em quedas para o boi casado no atacado.

Desde o início deste mês, a carcaça casada bovina recuou 3,25%, com parcial em R$ 10,43/kg. Trata-se do menor valor desde o início de abril deste ano.

Ontem (30/jul), o indicador Cepea/B3 encerrou em R$ 153,85/@, alta diária de 0,75%.

Os contratos futuros abrem a primeira hora do pregão com baixa movimentação, e apenas o contrato para agosto/19 tem negociação, avançando R$ 0,15/@ e parcial em R$ 156,50/@.

Soja

Os preços futuros da soja caíram no pregão de ontem (31), as quedas aconteceram após a fala do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as negociações com a China.

Pelo o Twitter, o presidente norte-americano mostrou sua decepção com as negociações com a China, destacando que o país asiático não deveria tentar aguardar o final de seu mandato para finalizar um acordo

O fato é que a volatilidade em Chicago aconteceu com a disputa comercial como pano de fundo, e apesar de declarações de ambos os lados de que as conversas foram “construtivas”, o mercado segue cético sobre um desfecho para a retórica comercial no médio prazo.

A próxima reunião está marcada para acontecer em setembro nos Estados Unidos.

E assim, o contrato para agosto/19 caiu 1,04% ao longo do pregão da véspera, registrando ainda novas baixas nesta manhã (-0,3%) e parcial em US$ 8,73/bushel. Com as novas acomodações hoje, a parcial retorna aos patamares registrados no início de junho.