Milho
Os prêmios de milho mantiveram-se relativamente estáveis ao longo desta semana, balizados ao redor de US$ 0,26/bushel para os carregamentos de setembro/19 pelo porto de Santos.
Já os futuros em Chicago recuaram ao longo desta semana, devolvendo parte dos ganhos obtidos com os problemas do plantio do milho nos EUA.
Na comparação semanal, as cotações do milho futuro para set/19 caíram ao redor de 3,5% – com parcial em US$ 4,16/bu no início do pregão hoje (26/jul).
As quedas em Chicago também colaboraram para pressão negativa na B3, com os contratos futuros caindo ao longo da semana. O vencimento para set/19 caiu 2,3% nos últimos 7 dias, com parcial em R$ 36,45/sc nesta manhã (26).
Por fim, foi determinado na noite da quarta-feira (24) pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que a Petrobras fornecesse combustível para dois navios do Irã que estavam parados há quase 2 meses em Paranaguá/PR.
O país do Oriente Médio configura-se como importante importador do cereal brasileiro, respondendo por quase 30% de todo o milho exportado em 2018.
Boi gordo
Embora o ritmo das exportações siga acelerado, o fraco consumo interno manteve a arroba lateralizada ao longo desta semana.
As exportações do primeiro semestre acumularam um avanço de 25% quando comparadas com o mesmo período de 2018. Em julho, os embarques seguem em bom ritmo, e devem continuar acelerados no segundo semestre deste ano.
Entretanto, sabe-se que o consumo interno segue enfraquecido, especialmente neste período do mês, quando a população está menos capitalizada e, consequentemente, diminui o escoamento de carne bovina no atacado.
Assim, os preços caminham de lado, sem grandes variações nas principais praças pecuárias. Mas, a virada do mês e o pagamento dos salários podem oferecer suporte mais forte as indicações no curto prazo.
Ontem (25/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,70/@, alta de 1,35% no comparativo diário. Para liquidação dos contratos da B3 referentes a julho, a média parcial está em R$ 153,70/@ (1/5).
Ainda na B3, o contrato futuro para julho/19 caiu 0,49% ontem e fechou em R$ 153,50/@. Já o vencimento outubro/19 recuou 0,09% e encerrou o dia em R$ 160,55/@.
Soja
Assim como o milho, os contratos futuros da soja também esfriaram ao longo desta semana em Chicago.
O vencimento para agosto/19 caiu acima de 2% nos últimos 7 dias, com parcial em US$ 8,82/bushel – o menor valor desde o início deste mês.
Com relação ao clima norte-americano, espera-se continuidade do período seco nos próximos dias – cenário que já vem sendo registrado nas últimas 2 semanas. Neste sentido, o clima começa a causar preocupações em algumas regiões, especialmente com a cultura já penalizada pelo excesso de chuvas no início da safra.
Por enquanto, os prejuízos devem ficar concentrados em regiões pontuais, com a produção total ainda sendo estimada ao redor de 104 milhões de toneladas (USDA – jul/19).
E no mercado doméstico, as cotações da soja responderam positivamente as variações positivas do câmbio. Já que os outros drivers de preços continuam mais calmos (prêmio e Chicago).
As indicações subiram 0,90% na semana no porto de Paranaguá, com última parcial em R$ 78,26/sc. Em Rio Verde/GO, alta de 3,55% na comparação semanal, em R$ 70,10/sc. Já em Rondonópolis, a saca manteve-se em R$ 65,55 ao longo do período.
Por fim, o fortalecimento do dólar se deu após acordo entre lideranças políticas dos EUA sobre o orçamento e o teto da dívida americana. Além disso, a confirmação do encontro na próxima segunda-feira (29) entre EUA e China também valorizou o dólar ante as outras moedas.
Nesta manhã (26), o câmbio tem parcial em R$ 3,77 – alta de 0,75% na comparação semanal.