(Reuters) – O dólar fechou em ligeira baixa contra o real nesta segunda-feira, com a moeda brasileira entre os destaques positivos no mundo, num dia de liquidez menor conforme investidores aguardam sinais da política monetária no Brasil e no mundo.
O dólar à vista BRBY caiu 0,15%, a 3,7396 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro DOLc1 recuava 0,23%, para 3,7415 reais.
Analistas minimizaram as variações desta segunda e, em contrapartida, destacaram o baixo volume de negócios. Pouco mais de 294 mil contratos de dólar futuros foram negociados até o fim da tarde, 23% abaixo da média diária do ano até junho. É o sétimo pregão consecutivo de giro abaixo da média.
“O mercado está com liquidez muito fraca. A análise das variações fica um pouco prejudicada”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets, para quem o mercado está atento ao noticiário sobre protestos de caminhoneiros contra a versão mais recentes da tabela dos fretes.
Lá fora, o índice do dólar .DXY tinha leve alta no fim da tarde, puxado pela queda do euro EUR=, diante de expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) reduza sua taxa básica de juros nesta semana. Para a semana que vem, as atenções se voltam para os BCs dos EUA e do Brasil, que também anunciam suas decisões de juros.
Em julho, o dólar recua cerca de 2,6% ante o real, num movimento amparado em parte pela expectativa de alívio monetário no exterior. O bom momento para a moeda brasileira é expresso em números de operações especulativas com o real no mercado externo.
De acordo com dados da CFTC, dos EUA, e compilados pelo Goldman Sachs, os especuladores passaram a mostrar posição líquida comprada em real (apostando na valorização da divisa brasileira) na semana passada, num total de 100 milhões de dólares. Os mesmos analistas reduziram em 700 milhões de dólares suas posições a favor da divisa dos EUA.