Milho

O clima mais úmido no cinturão agrícola pressionou para baixo as indicações em Chicago, iniciando a semana com novas quedas.

O vencimento para dezembro/19 caiu 2,07%, com fechamento em US$ 4,267/bushel. Além disso, o dólar também seguiu em movimento baixista, encerrando o dia a R$ 3,739 (-0,15%).

Ontem (22), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou seu relatório semanal sobre as condições das lavouras. De acordo com o órgão, 13% da safra está ruim ou muito ruim, número 1% maior ante o relatório da semana passada.

Além disso, o USDA informou que 438 mil toneladas de milho foram inspecionadas para exportação na semana passada, caindo de 36,6% em comparação com a semana anterior.

De acordo com o indicador Esalq/B3 o cereal fechou sob baixa de 0,38% nesta segunda-feira, a saca de 60 quilos fechou o dia à R$ 36,74.

Neste início de semana registrou-se poucos negócios sendo realizados em algumas praças, em Primavera do Leste (MT) compradores adquiriram volumes por R$ 25/saca FOB, para retirada e pagamentos imediatos.

Boi gordo

Escalas de abate recuam para o menor patamar desde o início deste mês.

Na média dos estados levantados pela Agrifatto, as programações de abate estão em 6,8 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo, atendem a 8,7 e 6,6 dias, respectivamente.

A oferta de animais terminados se ajusta, e frigoríficos podem acirrar a disputa por animais nas próximas semanas, aquecendo as indicações de compra.

Entretanto, a fragilidade do consumo doméstico continua como fator de atenção, pelo potencial de limitar o ritmo de compras das indústrias, ditando um ritmo mais cadenciado para a recuperação dos preços nas próximas semanas.

No mercado externo, as exportações deste mês caminham em ritmo favorável, dando suporte às cotações no mercado interno. Nos 15 (quinze) primeiros dias úteis de julho/19 foram embarcadas 88,57 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 350,12 milhões.

Se o ritmo diário se repetir, serão exportadas 135,8 mil toneladas de carne bovina in natura neste mês, um volume 22% superior ao embarcado em junho/19 e 4% maior ante julho/18.

Ontem (22/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,05/@, queda de 0,52% ante o fechamento anterior.

No mercado futuro da B3, o vencimento julho/19 avançou 0,03% e fechou em R$ 154,75/@. O contrato, que será liquidado na próxima quarta-feira (31), precificava ontem uma alta de R$ 1,70/@ nos próximos 8 dias. Já o contrato para outubro/19 subiu 0,18% e fechou em R$ 163,30/@.

Soja

Os futuros da soja também iniciaram a semana em campo negativo em Chicago. O vencimento para dezembro/19 caiu 13,50 cents (1,47%) para US$ 9,057 por bushel no pregão da véspera (22/jul).

O USDA divulgou após o fechamento do mercado as condições das lavouras norte-americanas. Segundo o departamento, 54% da safra estava em condições boas ou excelentes, no ano passado esse número estava em 70%.

Neste início de semana, o órgão também informou que 559 mil toneladas de soja foram inspecionadas para exportação na semana passada, recuo de 34,6% em comparação à semana anterior.

No Brasil, impulsionado pelo recuo da CBOT e desvalorização do dólar ante ao real, os preços no mercado interno caíram. O último fechamento do indicador da Esalq se registrou em R$ 77,81 (-1,38%).

A comercialização no spot segue travada, já que o recuo dos preços afasta a ponta vendedora de novas negociações.