As escalas de abate, embora tenham recuado em importantes praças pecuárias nos últimos dias, continuam acima da média.
Nas principais praças pecuárias, sua duração se aproxima ao final do mês, de modo que podem levar a indústria a diminuir o ritmo de compra, evitando aumentar as indicações até essa situação se reverter.
Assim, a oferta de animais também deve ajustar a partir de agosto, o que pode voltar a firmar os preços a partir de então.
Considerando o médio prazo, há perspectiva de que os animais de 2º giro do confinamento (considerando confinamento e semi) não apresentem aumento em relação ao volume ofertado em 2018, o que pode manter o mercado de carne ajustado, especialmente considerando que as exportações devem permanecer aquecidas e que há perspectiva de liberação de plantas frigoríficas para a China nos próximos meses.
O mercado interno, entretanto, segue estagnado pelo pífio desempenho econômico, alta taxa de desemprego e endividamento.
É possível afirmar que o mercado em 2019 está bem ajustado, com boa chance de alta na entressafra pela redução da atratividade da atividade isolada de confinamento, bem como pelas boas perspectivas de escoamento da carne via mercado externo. Entretanto, a alta das cotações pode ser limitada pela fragilidade do consumidor interno, responsável por absorver 81% da produção brasileira.