Milho

Os futuros de milho fecharam em alta expressiva na última sexta-feira (12) na Bolsa de Chicago (CBOT), e o vencimento para dezembro/19 subiu 11,25 cents (2,51%), para US$ 4,59/bushel.

No mercado interno, o indicador do milho Esalq/B3 fechou a R$ 37,21/sc (+0,73%). Em dólar, o valor da saca ficou em US$ 9,95 (+1,02%).

A alta de 2,5% nos futuros da Bolsa de Chicago contagiou positivamente os preços brasileiros, fazendo com que consumidores do MT subissem suas propostas para originar o cereal, especialmente com vendedores irredutíveis quanto ao preço.

No Paraná, produtores acompanham atentos ao clima norte-americano e acreditam em novas valorizações, enquanto compradores demonstram estar mais confortáveis e não sobem suas indicações. Em Paranaguá, a referência de compra para exportação era de R$ 39 a R$ 40/saca, para entrega e pagamento em agosto.

Tendo em vista o início da safra norte-americana repleta de desafios climáticos, o mercado continua cauteloso com os números de produtividade e área plantada divulgados pelo USDA na última quinta-feira (11).

Boi gordo

Queda das temperaturas e a ocorrência de geadas em importantes praças pecuárias prejudicaram as condições das pastagens, antecipando a entrega dos últimos animais da safra de capim.

Por enquanto, as programações de abates continuam alongadas, especialmente em SP e no MT. De modo geral, as escalas nesses estados já se encaminham para o final deste mês.

A maior oferta de animais terminados nas últimas semanas, preenchendo as escalas, deve retirar o ímpeto de preços mais altos no curtíssimo prazo.

Adiciona-se ainda uma crescente oferta de animais vindos de confinamento, mas a menor proporção de animais terminados por sistemas intensivos ainda não deve ser suficiente para alterar a conjuntura que se desenha neste momento.

Na última sexta-feira (12/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,10/@, alta de 0,10% ante o fechamento anterior.

No mercado futuro da B3, os contratos caminharam em diferentes sentidos. O vencimento julho/19 avançou 0,23% e fechou em R$ 154,70/@. Já o contrato para outubro/19 caiu 0,03% e encerrou o dia em R$ 161,60/@.

Soja

Na sexta-feira (12), a previsão de clima desfavorável no cinturão agrícola norte-americano subiu os valores na Bolsa de Chicago (CBOT), e o contrato para nov/19 avançou 14,25 cents com fechamento em US$ 9,3150/bushel.

O relatório divulgado na última quinta-feira (11) trouxe uma previsão pessimista para a demanda norte americana. O USDA diminuiu a sua projeção de exportação na temporada 2019/20 para 51 milhões de toneladas, valor 3,8% menor frente ao último relatório.

Tal medida demonstra que o órgão espera lento crescimento por ração animal e continuidade da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China.

De acordo com o indicador Esalq/B3, a soja no mercado brasileiro fechou sob alta de 0,39%, para R$ 79,41/sc.

Enquanto isso o dólar continua em trajetória baixista, com parcial nesta manhã (15/jul) em R$ 3,738/US$. Trata-se do menor valor desde o final de fevereiro deste ano.

E assim, o mercado doméstico segue atento para a guerra comercial travada entre EUA e China, já que a disputa entre os dois países tende a manter os prêmios fortalecidos nos portos brasileiros.