Milho
Na quinta-feira (12), os futuros de milho em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), acompanhando o desempenho do trigo. O vencimento dezembro/19 de milho avançou 8,50 cents (1,93%), para US$ 4,48/bushel.
As estimativas do USDA para os estoques na safra 2019/20 foram relativamente menores do esperado pelo mercado, de acordo com o relatório de julho serão 51 milhões de toneladas, número 18,3% maior do que o mercado previu e 8,5 milhões de toneladas superior ao relatório de junho.
Os dados baixistas do USDA não influenciaram o mercado que seguiu sob pressão de alta. Traders continuam desconfiados que os números de área e produtividade deveriam ser inferiores ao divulgado, devido às chuvas e alagamentos que ocorreram na época de plantio no cinturão produtivo americano.
Em contrapartida, os preços no mercado físico brasileiro pouco oscilaram, e ainda existe pouco interesse de venda do cereal. Em Nova Mutum-MT, vendedores buscam entregar o cereal com preço entre R$ 25 e R$ 28,00/sc sob entrega imediata e pagamento em 30 dias, enquanto os melhores negócios estão na faixa de R$24,70 a R$25, para embarque em agosto e pagamento em outubro.
Os estoques mundiais foram estimados em 298,92 milhões de toneladas, 2,8% maior que o último relatório divulgado, tal movimento se justifica pelo incremento dos estoques americanos.
Boi gordo
Cenário de maior oferta de animais permite indústrias testarem preços abaixo das indicações praticadas na última semana.
A pressão imposta pelo clima mais frio e pior oferta de capim têm pressionado pecuaristas a adiantarem o abate dos últimos animais deste sistema, facilitando a originação por parte dos frigoríficos.
Na média das praças levantadas pela Agrifatto, as escalas de abate atendem a 7,5 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, estão em 11,1 e 9,4 dias, respectivamente.
Ontem (11/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 151,90/@, queda de 0,26% ante o fechamento anterior. É o terceiro recuo consecutivo do indicador do boi gordo.
Entretanto, a oferta de animais de confinamento ainda é tímida e pode dar novo fôlego para a arroba nas próximas semanas, iniciando o movimento altista típico da entressafra de capim. Neste momento, o mercado futuro prevê alta em todos os meses de 2019 para o boi gordo.
No mercado futuro, após as indicações avançarem na quarta-feira (10), ontem recuaram. O vencimento julho/19 caiu 0,68% e fechou em R$ 154,35/@. Já o contrato para outubro/19 recuou 0,49% e encerrou o dia em R$ 161,65/@.
Soja
Após relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA no início da tarde de ontem (11), a Bolsa de Chicago CBOT reagiu com ganhos. O vencimento de novembro/19 subiu 4,50 cents (0,49%) para US$ 9,1725/bushel.
De acordo com o indicador Esalq/B3, a saca de soja fechou em R$ 79,10, alta de 0,48% ante a cotação de quarta-feira.
O mercado previu a redução na estimativa sobre a produção de soja nos Estados Unidos frente ao relatório de junho, e USDA estimou uma produção de 104,65 milhões de toneladas, redução de 7,3% em relação a última estimativa feita, de R$ 112,9 milhões de toneladas.
O mesmo movimento de queda ocorreu nos estoques americanos, porém em maior intensidade. Estima-se que os estoques americanos da safra 2019/20 fiquem em 21,6 milhões de toneladas, queda de 23,9% frente ao relatório de junho.
No Mato Grosso, registra-se grandes volumes ainda a ser comercializados, no entanto a queda dos preços há algumas semanas desestimula os negócios na região. Produtores desejam R$ 70/sc, porém fábricas indicam intenção de compra entre R$ 62 e R$ 63,00/sc, para retirada imediata e pagamento em 30 dias.
Enquanto isso no mercado doméstico, a alta na bolsa americana contrabalanceou o recuo do dólar, e os preços se mantiveram praticamente estáveis. Após um dia de câmbio volátil, o dólar, influenciado pela votação positiva à Previdência, fechou em sua quarta queda consecutiva, cotado em R$ 3,7510 (-0,15%).