Milho
Os contratos futuros de milho fecharam em leve alta na última sexta-feira (05) na Bolsa de Chicago. O vencimento dezembro fechou o dia em US$ 4,4225/bushel, (0,23%), 1,00 cent superior à quinta-feira.
Apesar da alta no preço do milho na CBOT e a valorização do dólar ante ao real, os preços ofertados pelo milho no Brasil oscilaram pouco e a negociação seguiu lenta. Nesta sexta-feira, o preço do milho fechou em queda de -1,43%, cotado em R$ 37,29/sc, segundo o indicador Esalq/B3.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita do milho safrinha atingiu 62,1% de área plantada no estado, número maior em comparação a marca de 34,3% no mesmo período de 2018.
Segundo Departamento de Agricultura do país (USDA), a qualidade das lavouras de milho piorou 1% ante a semana anterior, posto que o relatório semanal registrou que 75% da safra apresentava condição boa ou excelente até o dia de ontem (07).
As vendas de milho no mercado brasileiro seguem travadas. Produtores brasileiros estão atentos e acreditam em correções do USDA no novo relatório dos dados de plantio nos Estados Unidos, que podem aumentar as indicações no mercado doméstico.
Boi gordo
Condições das pastagens deve ter sua piora acelerada com o clima dos últimos dias.
O final de semana, com baixas temperaturas e até geada em algumas regiões, prejudicam ainda mais as pastagens, que já vinham sendo desgastadas pelo período seco e frio.
Dessa maneira, pecuaristas podem ser pressionados a entregar os últimos animais da safra de capim de maneira abrupta, aumentando a oferta no curto prazo.
As escalas de abate, que avançaram consideravelmente na última semana, dão certa tranquilidade para a indústria na aquisição de matéria-prima, podendo testar indicações abaixo das praticadas no final de junho.
Na tarde de hoje (08), a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgará as exportações da primeira semana de julho. A expectativa é que os embarques continuem em ritmo favorável.
Na última sexta-feira (05), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,55/@, alta de 1,29% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro da B3, o vencimento julho/19 recuou 0,32% no comparativo diário e fechou a última semana em R$ 154,50/@. Já o contrato para outubro/19, no mesmo comparativo, caiu 0,19% e fechou em R$ 161,80/@.
Soja
Em Chicago, os futuros recuaram na última semana, com players posicionando-se no lado vendedor antes da divulgação do novo boletim de acompanhamento das lavouras norte-americanas – o relatório será divulgado ao final do dia pelo USDA.
O vencimento novembro/19, por exemplo, fechou a sexta-feira (05) em US$ 8,935/bushel, sob uma variação de semanal de -3,22%.
De acordo com o indicador Esalq/B3, o mesmo movimento de baixa foi registrado no mercado físico brasileiro, e a saca fechou o dia em Paranaguá em R$ 79,56, variando negativamente em -1,00% em relação ao dia anterior.
Mercado segue influenciado pela previsão do tempo no cinturão produtivo dos Estados Unidos. No momento, o clima está favorável à safra, com temperaturas inferiores e chuvas menos volumosas do que os observados no mês passado.
Além do clima, a China diminui sua demanda mundial por soja, após a compra de 544 mil toneladas dos americanos, vista como um ato de boa vontade anterior ao encontro presidencial. O país segue ausente de movimentações.