Milho

O milho no Brasil segue variando para baixo. Apesar da estabilidade das cotações no mercado físico, refletidas pelo indicador Cepea/ESALQ em R$ 38,76/saca (+0,23%) na última sexta-feira (28), o pregão hoje (01/jul) começou com movimentações negativas entre -0,7% e -1,5% para os vencimentos entre julho e novembro/19.

Conforme o ritmo da colheita avança, o aumento da oferta do cereal destinada ao mercado interno pode causar um arrefecimento dos preços no mercado spot nos próximos dias.

O relatório do USDA na semana passada trouxe redução da área plantada, de modo que o novo número apresentado foi de 37,11 milhões de hectares. O fato é que a expectativa do mercado era por uma redução maior, o que pressiona o mercado negativamente neste momento. A contrapartida é que os estoques de milho americano se mostraram baixos, suscitando um possível aumento na demanda americana por milho.

Na tarde hoje (01), o USDA divulgará o “Plant Progress” e, apesar do plantio do milho norte-americano estar praticamente concluído, mudanças das condições das lavouras podem impactar os preços no curto prazo.

Boi gordo

Arroba deve seguir firme ao longo desta semana, principalmente pela maior demanda interna e por uma oferta de animais limitada.

O pagamento de salários, no início de cada mês, aumenta o escoamento de carne bovina do atacado, pressionando as indústrias a originar animais com maior avidez.

A oferta de animais a pasto é cada vez menor, pelas piores condições das pastagens, e o volume de animais oriundos de confinamento ainda é restrito, ao menos no curto prazo.

Algumas indústrias conseguiram alongar as escalas no final da última semana, mas esse cenário não é generalizado e dificilmente permitirá uma redução das indicações de compra.

Na tarde de hoje (01/jul), o Ministério da Economia divulgará as exportações de junho/19. A expectativa é de um avanço consistente em relação ao mesmo período de 2018, quando a paralisação dos caminhoneiros prejudicou os embarques.

Na última sexta-feira (28/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 156,85/@, alta de 1,59% ante o fechamento anterior. A liquidação do contrato futuro para junho/19 se deu em R$ 153,97/@.

Ainda na B3, o vencimento julho/19 encerrou a sexta-feira em R$ 156,00/@, estável ante o dia anterior. Já o vencimento para outubro/19 avançou 0,06% e fechou em R$ 164,15/@.

Soja

Na última sexta-feira (28/06) as cotações da soja subiram de 1,8 a 2,5 pontos nos principais contratos, após uma semana de queda para a soja brasileira. A pressão negativa levou a cotação em Paranaguá a atingir R$ 81,50/saca no final da última semana, de acordo com o CEPEA/Esalq/BM&F BOVESPA.

O último relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a área plantada de soja e milho americana estimou a área de soja em 32,4 milhões de hectares, uma diminuição de cerca de 10% em relação ao mesmo período de 2018, um número ainda menor do que o mercado esperava. A pressão positiva na CBOT continua hoje (01) em decorrência desses novos números.

Além disso, a reunião do G20 em Osaka, no Japão, trouxe novidades que empolgaram o mercado. A principal delas no que tange o mercado da soja, encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que concordaram em suspender a aplicação de novas tarifas. Além disso, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que deve favorecer as negociações entre os países membros desses blocos, inclusive para produtos agrícolas.