Milho
Após as cotações na B3 alcançarem os mais altos patamares já negociados, os futuros iniciam o pregão hoje (18/jun) devolvendo parte dos ganhos.
Os contratos para julho e setembro/19 caem R$ 0,50/sc, com parciais em R$ 38,39/sc e R$ 39,20/sc, respectivamente.
Ontem, o USDA divulgou seu boletim semanal sobre o plantio norte-americano, trazendo números em linha com as expectativas do mercado.
O plantio com o cereal alcançou 92% da área prevista, contra 83% registrados na semana anterior, nesta época do ano passado, o país já tinha semeado toda a área projetada para o milho.
E se o plantio nos EUA segue as menores proporções da sua história, a colheita do milho safrinha aqui no Brasil avança em ritmo recorde. De acordo com o levantamento do Imea, o MT já colheu 16,85% da área total, representando 10,61 p.p. acima do registrado na mesma época do ano passado.
Além disso, com a alta dos prêmios para exportação e após a valorização das cotações em Chicago, a paridade de exportação subiu 5,5% na semana, ficando em R$ 24,34/sc.
O indicador do Imea subiu em menor intensidade, a alta de 2,8% elevou a referência do milho mato-grossense para R$ 22,05/sc.
Boi gordo
Os preços pecuários, tanto no mercado físico quanto no futuro, iniciaram a semana com variação positiva.
Nas praças levantadas pela Agrifatto, as indicações de compra das indústrias aumentaram 0,42% quando comparadas com a sexta-feira (14/jun). Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, a arroba a prazo está em R$ 154,70 e R$ 143,40/@, respectivamente.
As escalas de abate, ontem (17), estavam em 5,3 dias, na média das praças levantadas pela Agrifatto. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, atendiam a 4,6 e 4,8 dias, respectivamente.
O feriado na próxima quinta-feira (20) pode dificultar a originação de animais por parte dos frigoríficos, com pecuaristas se retirando temporariamente do mercado.
O indicador do boi gordo (Esalq/B3, que no início deste mês havia se distanciado dos preços praticados no mercado físico, principalmente pela baixa liquidez, volta a se aproximar da realidade de mercado.
Ontem (17/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 150,35/@, alta de 0,77% no comparativo diário.
Na B3, o contrato futuro para junho/19 subiu 0,33% e fechou em R$ 152,25/@. Já o vencimento outubro/19 encerrou o dia em R$ 164,55/@ (+0,43%).
O contrato para outubro/19 renovou a sua máxima ontem (17), chegando a ser negociado a R$ 165,00/@ no After-Market.
Soja
Após as cotações da soja em Chicago alcançarem os maiores patamares dos últimos 2 meses, respondendo aos problemas climáticos nos EUA, os futuros também ajustam as suas posições, operando em campo negativo nesta manhã (18/jun).
As indicações na CBOT caem 5 cents/bushel e praticamente devolvem os ganhos obtidos na véspera.
Neste sentido, vale destacar que os mapas climáticos continuam indicando período de instabilidade nos próximos dias, o que deve impedir avanços significativos ao plantio da nova safra norte-americana.
Sobre o plantio norte-americano, o USDA divulgou ontem (17/jun) seu novo boletim de acompanhando, com o país semeando 77% da área prevista com a soja, contra 60% na semana passada.
O avanço foi dentro da expectativa mais baixa do intervalo esperado pelo mercado. Nesta mesma época do ano passado, 96% da área com soja já tinha sido semeada.
O Imea também divulgou ontem seu boletim semanal para a soja, reajustando os custos de produção para a safra 2019/20. O custo variável ficou em R$ 3.158,52/ha e o custo total fechou em R$ 3,912,80/ha, elevação mensal de 0,26% e 0,19%.
Por fim, o indicador também subiu na esteira de prêmios mais altos, o prêmio em Santos avançou 5,46% na semana (com média em US$ 1,24/bushel), e o indicador Imea avançou 1,23% na semana para R$ 64,39/sc.