Milho
A colheita do milho continua acelerada no Brasil, o relatório do Imea do início desta semana trouxe avanço de 5,05 p.p. na comparação semanal, com 8,57% da área colhida no estado.
Apesar do avanço da semeadura, os primeiros lotes colhidos são voltados para atender contratos fechados anteriormente, com o insumo sendo direcionado para o mercado externo.
Espera-se que a partir do final deste mês e início do próximo, o volume do cereal disponível se amplie para o mercado doméstico, devendo alterar a dinâmica de preços no balcão, que ainda resistem em se ajustar para baixo.
O milho na B3 inicia essa sexta-feira (14/jun) em calmaria, mas após predominar rodadas de altas nesta semana (após os cortes de produção de milho nos EUA), as cotações futuras do cereal já mostram ajustes para baixo nesta manhã.
No curtíssimo prazo, os ajustes técnicos devem continuar, e combinado com a colheita da safrinha, oportunidades de hedge podem entrar no radar ao longo das próximas semanas.
Boi gordo
Confirmação do Ministério aumentou a procura de frigoríficos por lotes no mercado físico.
Após a divulgação oficial do Ministério da Agricultura, Abastecimentos e Pecuária (MAPA) sobre o fim do embargo às exportações de carne bovina para a China, frigoríficos voltaram as compras com maior avidez.
As indicações de compra em São Paulo, segundo levantado pela Agrifatto, passaram de R$ 150,75/@ para R$ 153,30/@ no comparativo diário. Nas outras praças, o cenário também foi de correções positivas, mas em menor intensidade.
Apesar da alta, pecuaristas seguem reticentes em entregar boiadas nas atuais indicações, aguardando novos reajustes positivos. Entretanto, a pressão vendedora deve aumentar, pelas piores condições das pastagens e pelo início da chegada de boiadas confinadas.
A queda de braço deve continuar, mas, neste momento, pecuaristas estão melhores posicionados, ao menos no curto prazo. A expectativa é de cotações melhores nos próximos dias.
Ontem (13/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 147,40/@, alta de 0,96% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, os contratos avançaram. O vencimento junho/19 subiu 0,56% e fechou em R$ 151,50/@. Já o contrato para outubro encerrou o dia em R$ 163,60/@, alta de 0,25% ante o pregão anterior.
Soja
A soja em Chicago inicia o pregão em campo positivo, com altas ao redor de 5 cents/bushel nesta manhã (14/jun) – nos últimos 30 dias, o contrato de julho/19 subiu 7,75%.
As altas acontecem com o mercado atento as condições climáticas nos EUA, com previsões de novas rodadas de chuvas nos próximos dias.
Ainda, no final deste mês, acontece o encontro do G-20 no Japão, quando pode haver um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump com o presidente da China, Xi Jinping.
Um encontro entre os dois líderes ainda não está confirmado, mas novas informações envolvendo a disputa comercial pode causar novos direcionamentos as cotações. Neste sentido, avanços das negociações entre os dois países, poderia oferece novo fôlego as cotações em Chicago, mas ajustar os prêmios brasileiros.
No mercado doméstico, as cotações têm variações mais comedidas, com as indicações em Paranaguá praticamente mantendo níveis ao redor de R$ 81,80/sc ao longo desta semana.
No Triângulo Mineiro, as referências estão em R$ 73,30/sc, mantendo o mesmo patamar de preços da última semana.