CarneTec – Por Anna Flávia Rochas em 11/06/2019

A China comprou 21,1 mil toneladas de carne suína brasileira em maio, volume 51% maior que o importado no mesmo período do ano passado, refletindo maior demanda por produtos importados enquanto enfrenta casos de peste suína africana.

“A questão sanitária vivida pela produção chinesa dá sinais mais fortes no ritmo de importações. A fatia da participação chinesa nas exportações brasileiras é a maior já registrada”, disse o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, em nota divulgada na segunda-feira (10).

A China comprou 31,9% do volume total de carne suína exportada pelo Brasil em maio, que foi de 67,2 mil toneladas.

O volume de carne suína exportada pelo Brasil em maio é 41% superior ao exportado no mesmo mês de 2018. A receita arrecadada com as vendas externas foi de US$ 143,8 milhões, alta de 54,6% ano a ano.

Além do maior volume embarcado, o Brasil também se beneficiou da valorização do preço da carne e da alta do dólar, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

“O preço mais elevado da carne que é exportada aumenta a atratividade do mercado internacional frente à do doméstico”, afirmaram os analistas do Cepea em nota na semana passada.

Outros dos principais aumentos na importação de carne suína brasileira ocorreram por parte do Vietnã, que comprou 1,82 mil toneladas em maio (+7.000%), e do Chile, que quase dobrou as compras chegando a 4,1 mil toneladas.

Também houve crescimento nas compras por Hong Kong (+1%), Angola (+75%), Uruguai (+68%) e Argentina (+54%).

Nos primeiros cinco meses do ano, o Brasil exportou 282,9 mil toneladas de carne suína, alta de 16,3%, com receita de US$ 562 milhões, 11,9% maior que o registrado no mesmo período de 2018.