Milho
O milho continuou com novas valorizações nesta semana, refletindo as preocupações com a nova safra nos EUA.
O indicador do CEPEA subiu 7,60% nos últimos 7 dias, acumulando valorização de 13,6% desde o início deste mês. A última parcial fechou em R$ 38,37/sc – o maior patamar em quase 2 meses.
Pelo interior do país as variações no mercado físico são mais comedidas, o destaque fica para Cascavel/PR, avançando 7,0% na comparação semanal, e com última parcial em R$ 32,90/sc.
Na B3, os contratos mais curtos têm movimentação técnica e passam por ajustes negativos nesta manhã (31/mai). Já os vencimentos para novembro e janeiro registram novas valorizações, e indicam o insumo em R$ 41,50/sc na virada do ano.
O avanço da colheita no Brasil pode limitar valorizações mais fortes nas próximas semanas, por outro lado, novas notícias sobre a safra dos EUA continuarão no radar como fator de pressão positiva.
Neste sentido, espera-se que os relatórios de acompanhamento da safra norte-americana, com atualizações sobre o avanço do plantio e condições das lavouras, indiquem o real impacto do clima.
Boi gordo
Virada do mês pode dar sustentação ao mercado pecuário no curtíssimo prazo. No mercado futuro, cotações recuam.
O maior consumo na primeira metade do mês pode aliviar a pressão baixista que recai sobre a arroba do boi gordo, ao menos no início de junho.
Entretanto, as programações de abate dos frigoríficos estão próximas da segunda semana do mês, gerando uma possível tranquilidade para adquirir matéria sem aumentar as indicações.
Nesse cenário, a formação de preços depende de um maior consumo interno, posto que a oferta de animais ainda é crescente.
Ontem (30/mai), o indicador Esalq/B3 fechou em 153,25/@, queda de 0,71% no comparativo diário. Para liquidação dos contratos da B3 referentes a maio, a média parcial está em R$ 152,76/@ (4/5).
No mercado futuro, os contratos recuaram. O contrato para maio, com liquidação hoje (31), fechou ontem em R$ 152,15/@, queda de 0,23% ante o fechamento anterior.
Já os vencimentos junho e outubro/19 encerraram o dia em R$ 150,70/@ (-1,15%) e R$ 157,40/@ (-1,13%), respectivamente.
No radar dos pecuaristas, fica a suspeita de um caso atípico vaca loca no Mato Grosso e uma possível fusão entre BRF e Marfrig, que divulgaram as tratativas na noite de ontem.
Soja
Os contratos futuros para a soja em Chicago recuam em torno de 7,75 cents/bushel nesta manhã (31/mai), devolvendo parte dos ganhos alcançados na véspera – quando subiu ao redor de 17,25 cents/bu.
As incertezas continuam gerando volatilidade, e além das tensões entre os EUA e a China, as condições climáticas nos EUA continuam no centro da mesa.
Neste sentido, espera-se que as chuvas continuem para os próximos dias, atrasando o avanço do plantio e mantendo a pressão positiva sobre as cotações. Além disso, ainda não está claro qual será o impacto do clima adverso sobre as áreas que foram semeadas, portanto, há potencial de novas valorizações se confirmadas novas perdas.
Os prêmios brasileiros também seguem com volatilidade, cotados ao redor de US$ 1,15/bushel para embarques em julho e ficando em US$ 1,20/bu para envios em agosto. Aliás, com a recuperação dos preços da oleaginosa, espera-se avanço das negociações para exportação com a soja nas próximas semanas.
Em Paranaguá, a referência de balcão subiu 0,9% para R$ 83,41/saca – acumulando fortalecimento de 12,15% nos últimos 30 dias. Em Primavera do Leste/MT, foi reportado negócios volumosos ao redor de R$ 70,00/sc, para atendimento de fábricas e para exportação.