Milho

Após os contratos mais curtos do milho na B3 acumularem altas acima de 20% nas últimas três semanas, novas valorizações mostram-se mais comedidas nesta manhã (30/mai).

Os contratos para julho e setembro ainda avançam 0,10 e 0,06 pontos respectivamente. Mas podem passar por ajustes técnicos na ausência de novos fatores altistas.

Em Chicago os contratos do milho continuam passando por valorizações, com o vencimento mais curto (jul/19) subindo 1,3% nesta manhã.

As condições climáticas continuam sendo monitoradas, e os mapas climáticos começam a indicar período de tempo mais firme a frente, se confirmado, pode possibilitar avanço do plantio de soja nas próximas semanas.

Para o clima brasileiro, as previsões também apontam para período mais seco, expandindo-se para toda a região central do país a partir do início de junho, o que deve acelerar a colheita do milho 2º safra.

Por fim, as negociações no mercado físico ainda ficam limitadas pelo avanço relativamente lento da colheita em algumas regiões, como é o caso no sul do MT, onde a saca do insumo baliza-se ao redor de R$ 25,00/sc (FOB).

Boi gordo

A virada do mês pode dar sustentação ao preço da arroba, que segue trajetória de queda nas últimas semanas.

O pagamento dos salários na primeira semana de junho deve aumentar o escoamento de carne bovina do atacado e pressionar as indústrias a originarem um volume maior de animais.

Entretanto, a crescente oferta de animais, pela piora das condições das pastagens, pode limitar possíveis avanços da arroba.

Nas praças levantadas pela Agrifatto, as escalas de abate seguem estáveis, em 7,5 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, atendem a 7,6 e 7,3 dias, respectivamente.

Com as programações de abate se aproximando da segunda semana de junho, as indústrias têm tranquilidade em originar animais e devem evitar correções positivas na arroba nas próximas semanas.

Ontem (29/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,35/@, alta de 1,91% no comparativo diário. Para liquidação dos contratos da B3 referentes a maio, a média parcial está em R$ 152,60/@ (3/5).

No mercado futuro da B3, o contrato maio/19 fechou ontem em R$ 152,50/@ (+0,49%). Já os vencimentos junho e outubro/19 encerraram o dia em R$ 152,45/@ (+0,69%) e R$ 159,20/@ (0,00%), respectivamente.

Soja

Os avanços para a soja em Chicago também são mais comedidos, com o mercado analisando se o clima pode oferecer uma trégua para o avanço do plantio nas próximas semanas.

Se houver uma janela de tempo mais firme, os futuros devem devolver parte dos ganhos recentes, após valorização na última semana. O contrato para jul/19 avançou 5,2% nos últimos 7 dias.

Mas a escalada em Chicago refletiu em pressão negativa aos prêmios em Paranaguá, e após as negociações para julho/19 alcançarem US$ 1,30/bushel até o início desta semana, agora se registram ao redor de US$ 1,10/bushel.

Além disso, o câmbio mostra reajuste positivo nesta manhã, após perder o suporte em R$ 4,00/US$ e fechar ontem (29/mai) em R$ 3,974. Hoje o dólar avança 0,20% para US$ 3,984.

Ou seja, se o plantio nos EUA avançar nas próximas semanas, combinado com o dólar e os prêmios relativamente menores, as cotações domésticas podem passar por ajustes negativos. Por outro lado, a disputa comercial sino-americana mantém a demanda asiática voltada ao Brasil, limitando as quedas.

Por enquanto, as cotações seguem subindo no mercado físico brasileiro, com as indicações em Paranaguá subindo 0,12% para R$ 82,65/sc (comparação diária). Em Rondonópolis, avanço de 1,9% para R$ 70,00/sc.