Milho

O milho voltou a subir forte no início desta semana, com novas altas ao redor de R$ 0,50/sc no início do pregão de hoje (28/mai).

O avanço elevou o contrato para julho/19 (o vencimento mais curto), para R$ 37,00/sc, renovando as máximas e atingindo o maior patamar já negociado para este vencimento. O contrato par setembro/19 sobe a R$ 37,95/sc retoma os mais altos patamares em mais de oito meses (desde set/18).

E ainda, de acordo com o precificado em bolsa, as referências para o milho podem subir até março de 2020, com o pico em R$ 40,00/sc.

Vale destacar que o movimento acontece na esteira de expressivas altas em Chicago hoje, após a bolsa norte-americana permanecer fechada na véspera pelo feriado do “Memorial Day”.

As altas por lá continuam precificando as possíveis perdas na safra 2019/20 nos EUA, com o USDA divulgando nesta tarde o acompanhamento de plantio – que deve continuar refletindo os atrasos desta temporada.

Os problemas climáticos nos EUA, o ritmo aquecido das exportações brasileiras e as variações cambiais continuarão ditando a direção das cotações futuras, limitando possíveis correções técnicas em bolsa.

Boi gordo

Na queda de braço entre demanda e oferta, a arroba deve seguir pressionada nos próximos dias. No atacado, cotações seguem trajetória baixista.

A virada do mês e o bom ritmo das exportações podem dar suporte aos preços, mas dependerá do volume de animais ofertados, que com a chegada da seca e do frio segue crescendo.

As exportações de carne bovina in natura referentes aos embarques dos 17 (dezessete) primeiros dias úteis de maio/19 contabilizaram um volume total de 101,2 mil toneladas e uma receita de US$ 390,3 milhões.

Se a média diária se repetir ao longo das próximas semanas, o volume exportado neste mês será de 131 mil toneladas, um possível avanço de 45% ante o mesmo período do ano passado.

Ontem (27/mai), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 152,00/@, alta de 0,80% no comparativo diário. Para liquidação dos contratos da B3 referentes a maio, a média parcial está em R$ 152,00/@ (1/5).

No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 fechou ontem negociado a R$ 152,50/@ (-0,10%). Já os contratos para junho e outubro/19 encerraram o dia em R$ 151,50/@ (-1,11%) e R$ 161,40/@ (-1,59%), respectivamente.

No atacado, a carcaça casada bovina está cotada em R$ 10,34/kg, e acumula queda de 0,77% no comparativo semanal.

Soja

A soja em Chicago avança ao redor 12,75 pontos no início do pregão hoje (28/mai), com o contrato para julho/19 subindo de US$ 8,29 para US$ 8,42/bushel.

Os impactos negativos pelas chuvas e as temperaturas baixas nos EUA continuam direcionando as cotações para cima, e a divulgação do boletim semanal de acompanhamento do plantio (USDA), pode manter a volatilidade dos contratos futuros.

Em relação a disputa comercial, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o país ainda não está pronto para assinar um acordo no curto prazo, mas que acredita que os dois países devem encontrar uma solução no futuro.

Com a CBOT fechada ontem (28/mai), as indicações no mercado doméstico variaram para ambos os lados, embora o câmbio tenha avançado 0,70% e recuperado patamares em R$ 4,04.

As indicações caíram 0,40% em Paranaguá e em Sorriso, ficando em R$ 80,81/sc e em R$ 63,86/sc, respectivamente. Por outro lado, avançaram 0,65% em Ponta Grossa para R$ 76,88/sc.