[10:12, 27/5/2019] +55 11 99759-8999: Milho

Os reportes de originação ao final da última semana mostraram negociações aquecidas para exportação, com a valorização de 3,72% do milho em Chicago compensando parte das perdas do câmbio.

As condições climáticas continuam desfavoráveis ao plantio da safra norte-americana, e devem continuar pressionando para cima as cotações em Chicago, sustentando também os valores domésticos.

É neste cenário mais pessimista para a produção nos EUA que os futuros subiram ao longo da última semana, com todos os contratos acima de US$ 4,00/bushel. O vencimento para julho/19 fechou em US$ 4,04/bushel, recuperando os maiores patamares desde agosto de 2018.

No ambiente doméstico, as cotações para o insumo têm variações regionalizadas, a indisponibilidade no mercado doméstico ainda mantém os preços sustentados em alguns estados, como é o caso de SP e SC.

O indicador de CEPEA subiu 5,7% desde o início deste mês, passando de R$ 33,78 para a última parcial em R$ 35,71/saca. Mas ainda na primeira metade de junho, volumes maiores do milho colhido na 2º safra deve começar a chegar ao mercado, e espera-se que a oferta maior conduza as cotações para patamares menores.

Boi gordo

Arroba do boi gordo deve seguir pressionada nesta semana, com consumo interno lento e oferta de animais crescendo.

O escoamento de carne bovina do atacado deve continuar fraco ao longo da última semana deste mês. No início de junho, é possível que o consumo avance e gere nova sustentação aos preços da arroba no curto prazo.

Concomitantemente, a oferta de animais terminados deve aumentar gradativamente e não deve dar espaço para avanços da arroba nas principais praças pecuárias, ao menos no curtíssimo prazo.

A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgará na tarde de hoje (27) as exportações parciais de carne bovina in natura. O ritmo dos embarques deve continuar favorável e registrar avanço significativo quando comparado com o mesmo período de 2018.

Na última sexta-feira (24), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 150,80/@, queda de 1,92% ante o fechamento anterior. Entre hoje (27) e sexta-feira (31), a média dos fechamentos do indicador serão utilizadas na liquidação do contrato futuro de maio/19.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 fechou a última semana em R$ 152,65/@, estável no comparativo diário. Já o contrato futuro para junho e outubro/19 encerraram em R$ 153,20/@ (+0,46%) e R$ 164,00/@ (+0,99%), respectivamente.

Soja

Nesta última segunda-feira de maio (27) o feriado “Memorial Day” mantém as bolsas fechadas nos EUA, e devem diminuir o ritmo de negócios também no ambiente doméstico.

O mercado continua atento ao clima norte-americano, e neste sentido, os mapas climáticos continuam apontando para condições desfavoráveis ao avanço do plantio, e por isso, a pressão positiva continua sobre as cotações.

O feriado também atrasará a publicação do USDA de evolução do plantio, o novo boletim deverá ser divulgado na terça-feira (28) ao final do próximo pregão.

No mercado doméstico, predominou variações positivas ao final da última semana, respondendo aos avanços em Chicago.

As negociações em Paranaguá no balcão ficam ao redor de R$ 81,00/sc (alta diária de 0,8%). Com entrega em julho e pagamento no mês seguinte, as negociações ficaram ao redor de R$ 83,00/sc.

Em Campo Verde/MT, registrou-se negociação por R$ 68,00/sc para retirada em junho e pagamento ao final do mês. Já a negociação da safra 2019/20 segue mais lenta, com o foco voltado as entregar acordadas para os próximos meses.