Milho
Após rodadas de valorizações para os futuros do milho, acumulando altas ao redor de 12% nos últimos 10 dias, o pregão ontem (21/mai) registrou correção, caindo ao redor de 1,2%.
E o mercado continua trabalhando em campo negativo nesta manhã (22/mai). As variações oscilam para cada contrato, com a queda mais intensa ficando para julho/19, em -2,25% com última parcial em R$ 35,20/sc.
Os ajustes acontecem na esteira de um dólar mais fraco, caindo hoje para R$ 4,05, além de desvalorizações para os futuros do milho e do trigo na bolsa de Chicago.
A chegada do milho safrinha ao mercado também tem potencial de manter as cotações mais frias, e possivelmente, abrindo janela de oportunidades para originação do insumo, já que a demanda mais aquecida ao longo do 2º semestre deve gerar novas pressões positivas.
Neste sentido, as exportações já se mostram em alta, alcançando 461 mil toneladas de milho nos 12 primeiros dias úteis deste mês, gerando expectativa de novo recorde de exportação para o mês de maio.
Boi gordo
Na ausência de novidades, arroba deve seguir trajetória de estabilidade, ao menos até o final de maio.
O consumo interno fraco neste período do mês diminui o escoamento de carnes do atacado e diminui parcialmente o anseio das indústrias por animais terminados. Entretanto, o bom ritmo das exportações mantém as plantas habilitadas em ritmo acelerado.
Do lado da oferta, as condições das pastagens vão se deteriorando e a oferta de animais deve aumentar gradualmente, mas não deve exercer grande pressão sobre os preços no curtíssimo prazo.
No início de junho, se o ritmo do consumo acelerar concomitantemente com a oferta crescente de animais, devemos ter preços estáveis no início do próximo mês. No caso de pouca reação do consumo, a arroba deve voltar a recuar.
Ontem (21/mai), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 153,30/@, queda de 0,65% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, apenas o vencimento maio/19 avançou, fechando em R$ 152,75/@ (+0,16%). Já o contrato futuro para outubro/19 recuou 0,73% e fechou em R$ 162,70/@.
No atacado, a carcaça casada bovina está cotada em R$ 10,41/kg, queda de 0,81% no comparativo semanal. E o spread (diferença de preços entre a carne do atacado e a arroba do boi gordo) está em +1,86%.
Soja
Os prêmios nos portos brasileiros preservam os patamares mais altos, e ficam em US$ 1,00/bushel para os embarques de junho, ao redor de US$ 1,15/bu para julho e em torno de US$ 1,21/bu para agosto.
Além disso, as cotações em Chicago também registram leves altas para seus contratos, subindo ao redor de 2 pontos.
Vale destacar que o movimento é uma correção após as fortes quedas recentes, e o contrato para julho (o vencimento mais curto), mantém o patamar em US$ 8,50/bu como principal resistência.
Já para os vencimentos mais longos, há espaço para valorizações mais expressivas nas próximas semanas, dependendo das expectativas para a nova safra norte-americana.
Neste sentido, ainda não está definida a área a ser cultivada com grãos nesta nova temporada, e com os mapas climáticos apontando para período mais frio e úmido nos próximos dias, novos ajustes de produção podem acontecer e pressionar para cima os preços norte-americanos.