Milho
Os preços futuros do milho iniciaram a semana com novas valorizações, com alta mais expressiva para o contrato de novembro/19, subindo R$ 1,30/sc no início do pregão hoje (20/mai) e com parcial em R$ 38,70/sc.
O contrato para setembro/18 avança R$ 0,95/sc, recuperando os patamares mais altos dos últimos 7 meses (desde outubro/18).
O câmbio fortalecido e os dados de exportações semanais alimentam a perspectiva de mercado internacional aquecido, enquanto o clima nos EUA gera dúvidas sobre a oferta mundial.
Junto com as valorizações em Chicago e para o dólar, as pedidas pelo cereal em Paranaguá também avançaram, passando de indicações ao redor de R$ 34,00/sc para R$ 36,50/sc (entrega em julho).
Portanto, as variações para a moeda norte-americana nesta semana, e atualização das exportações deverão ser fundamentais para conduzir as cotações em bolsa.
Boi gordo
Piores condições das pastagens podem aumentar gradualmente a oferta de animais terminados, pressionando as cotações.
A chegada do frio e do tempo seco devem diminuir a oferta de pastagens, com o pecuarista direcionando os animais para confinamento ou para o abate, e assim, diminuindo a lotação para a entressafra.
Já o escoamento da carne bovina no atacado segue lento e as escalas confortáveis das indústrias permitem testar preços menores pela matéria-prima.
Nesse cenário, a expectativa é de cotações da arroba pressionadas nas principais praças pecuárias, pelo menos até o final deste mês.
Na sexta-feira (17/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,40/@, alta de 1,76% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 recuou 0,10% e fechou em R$ 152,90/@. Já os contratos futuros para junho/19 e outubro/19 encerraram o dia em R$ 153,25/@ (-0,42%) e R$ 164,05/@ (+0,09%), respectivamente.
Na tarde de hoje, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgará as exportações semanais de carne bovina in natura. A expectativa é que o ritmo continue favorável, impulsionado pelas compras chinesas.
Soja
Os mapas climáticos para as próximas duas semanas continuam desfavoráveis ao plantio da nova safra norte-americana, ampliando as chances de queda da produção na temporada 2019/20.
E assim, as cotações em Chicago avançam 11,50 pontos nesta manhã (20/mai) e buscam recuperar os patamares perdidos há duas semanas.
Os prêmios nos portos brasileiros tiveram novas valorizações ao final da última semana, com destaque para o contrato de junho subindo 18% e com parcial em torno de US$ 1,18/bushel – trata-se do maior patamar desde abril/18.
Portanto, com a degradação das relações entre EUA e China, o protagonismo continua para a matéria-prima da América do Sul. Além disso, o clima norte-americano imprime maiores riscos para o lado da oferta mundial do insumo, pressionando para cima as cotações.
E com a ajuda do dólar, a soja também se valoriza no mercado doméstico, subindo 6,45% em Paranaguá (com parcial em R$ 79,40/sc). Em Rio Verde/GO, a oleaginosa sobe 1,95% para R$ 68,45/sc.
Por fim, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve atualizar nesta tarde o acompanhamento do plantio desta nova safra, com potencial de gerar nova volatilidade as cotações.