Milho
As preocupações com o milho nos EUA aumentam, já que as previsões climáticas continuam apontando chuvas na próxima semana, atrasando o plantio e mantendo o mercado apreensivo.
A partir da próxima semana, os riscos climáticos aumentam, com possibilidade das culturas encontrarem ambiente mais quente e seco em julho – momento de definição do potencial produtivo da safra norte-americana.
E enquanto se mantém as dúvidas sobre a próxima safra nos EUA, a demanda sobre a produção da América do Sul avança, subindo as expectativas para as exportações e pressionando as cotações futuras.
Além disso, o clima também preocupa por aqui, com um outono mais úmido do que a média dos últimos anos, a ocorrência de chuvas neste momento pode diminuir a qualidade do cereal, além de interferir nas operações de colheita.
O último indicador do CEPEA subiu 1,81% para R$ 34,25/sc – recuperando patamares de 3 semanas atrás.
Em bolsa os contratos continuam registrando novos ganhos, e os vencimentos sobem acima de R$ 1,00/sc no início do pregão hoje (17/mai), com o contrato de julho balizado em R$ 34,65/sc e o setembro/19 com última parcial em R$ 35,65/sc.
Boi gordo
Com as indicações de compra caindo no início desta semana, a disponibilidade de animais diminuiu e as escalas recuaram.
Nas praças levantadas pela Agrifatto, a média das escalas de abate, que estavam em 8,7 dias na terça-feira (14), ajustaram e estão 7,7 dias.
Entretanto, o patamar atual ainda é confortável para os frigoríficos, que devem continuar pressionando os preços nas próximas semanas.
Além disso, as mudanças climáticas, com temperaturas mais baixas e o clima seco, devem prejudicar as condições das pastagens, e a oferta de animais deve aumentar gradualmente, pressionando ainda mais as cotações.
Ontem (16/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 150,75/@, queda de 2,68% no comparativo diário. A volatilidade apresentada recentemente pelo indicador prejudica a precificação dos contratos futuros.
Na B3, o vencimento maio/19 recuou 0,07% ontem e fechou em R$ 153,05/@. Já o contrato futuro para outubro/19 avançou 0,80% e atingiu seu maior patamar, em R$ 163,90/@.
O spread, isto é, a diferença, entre os vencimentos maio e outubro/19 atingiu o maior valor desta temporada, em 7,09% (ou R$ 10,85/@).
Soja
Os riscos para a próxima safra de soja nos EUA continuam no radar, já que o período úmido também compromete a semeadura com o grão.
Além disso, a disputa comercial sino-americana também mantém a demanda externa voltada para o grão brasileiro, com novos ganhos para os prêmios nos portos brasileiros. Neste sentido, os prêmios para embarques em julho subiram 10% ontem (16/maio) para US$ 1,10/bushel.
A demanda interna também se mostra aquecida, com as indústrias mato-grossenses aproveitando o período de margens positivas para originar a matéria-prima.
E assim, as referências em Rondonópolis/MT sobem 6,85% na semana para R$ 67,12/sc, acima da valorização de 2,12% do dólar (embora os avanços do câmbio também reajustam para cima as pedidas pela soja).
E o dólar que vinha testando a resistência em R$ 4,00, superou a barreira na última semana, acumulando alta de 2,40% nos últimos 7 dias. Nessa manhã, o dólar avança mais 0,73% com parcial em R$ 4,068.
Portanto, a resistência em R$ 4,00, torna-se o novo suporte de preços, e dado o cenário de incertezas, além de uma economia que resiste em ganhar tração, o câmbio deve continuar fortalecido e volátil.
Cotações parciais
Boi gordo
Mai/19: 153,35 / 0,00
Jun/19: 154,00 / 0,00
Jul/19: 156,15 / 0,15
Ago/19: 158,50 / 0,00
Set/19: 161,00 / 0,00
Out/19: 163,90 / -0,10
Nov/19: 162,85 / 0,00
Dez/19: 164,00 / 0,00
Milho
Jul/19: 34,65 / 1,25
Set/19: 35,65 / 1,23
Nov/19: 37,15 / 0,95
Jan/20: 37,60 / 0,00
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jul/19: 18,45 / -0,05
Ago/19: 18,66 / 0,00
Set/19: 18,79 / 0,00
Soja – CBOT
Jul/19: 836,00 / -3,75
Ago/19: 843,00 / -3,50
Set/19: 848,50 / -4,00
Nov/19: 861,00 / -3,75
Jan/20: 873,00 / -4,25
Dólar comercial: 4,07
Dólar Futuro
Jun/19: 4078,50 / 24,50
Jul/19: 4076,50 / 31,50
Ago/19: 4089,50 / 0,00