Milho

O início da colheita da safrinha de 2019 movimenta os primeiros lotes do milho no mercado interno. As negociações para embarque em junho e julho seguem em ritmo mais lento.

Os principais compradores são confinamentos, indústrias de etanol e produtoras de alimentos, que se abasteceram devido a demanda mais urgente pelo insumo, sustentando os preços do cereal no mercado físico.

Ontem (15/mai), o indicador do milho (Cepea) ficou em R$ 33,64/sc, alta de 0,99% no comparativo diário. A liquidação do contrato futuro de maio se deu em R$ 33,37/sc.

Em Campo Verde (MT), há demanda de produtores por lotes de milho safrinha e as indicações de compra estão em R$ 25,50/sc FOB, para pagamento antecipado e retirada imediata. Para embarque em julho e pagamento em agosto, houveram negócios em R$ 21,00/sc CIF.

Para a safrinha de 2020, há volumes comercializados em R$ 23,00/sc CIF, para entrega em julho/20 e pagamento em agosto/20.

No Porto de Paranaguá, na esteira do avanço dos futuros em Chicago e atraso do plantio dos Estados Unidos, a referência avançou R$ 1,00/sc no comparativo diário e estava em R$ 36,00/sc ontem, para entrega em julho e pagamento em agosto.

Boi gordo

Com preços da carne bovina recuando no atacado, a arroba do boi gordo segue pressionada no físico. Já no mercado futuro, preços avançam nesta semana.

O menor consumo interno sazonal a partir da segunda quinzena do mês pressiona as cotações da carne bovina do atacado. A carcaça casada bovina recuou 0,71% no comparativo diário e está cotada em R$ 10,42/kg.

O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo), passou de 2,61 para 0,90% em uma semana.

As escalas seguem alongadas, dando uma maior tranquilidade para as indústrias na aquisição de matéria-prima. Na média das praças levantadas pela Agrifatto, atendem a 8,3 dias e estão próximas da última semana de maio.

Ontem (15/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,90/@, alta de 0,19% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio avançou 0,23% e fechou em R$ 153,15/@. Os contratos para junho e julho encerraram o dia em R$ 153,95/@ (+0,85%) e R$ 156,00/@ (+0,97%), respectivamente. Já o vencimento outubro subiu 0,84% e fechou em R$ 162,60/@.

Soja

O preço da soja no Brasil vem passando por reajustes positivos nos últimos dias, refletindo as altas das cotações em Chicago, do câmbio e dos prêmios nos portos.

O contrato para julho na CBOT sobe 4,6% desde o início desta semana, fechando um gap que tinha sido aberto após a forte queda dos últimos dias. A última parcial registra-se em US$ 8,40/bushel, e o próximo patamar a ser buscado fica em US$ 8,50/bushel.

O dólar rompe a resistência em R$ 4,00, e opera ao redor de R$ 4,01, acumulando alta de 1,6% nos últimos 7 dias.

E os prêmios sustentam os níveis alcançados após a alta de 35% na última semana, ficando em US$ 0,90/bushel para embarque em junho e ao redor de US$ 1,00/bushel para as exportações em julho e agosto.

E assim, as indicações em Paranaguá avançaram 5,5% na última semana, balizado ao redor de R$ 78,30/sc. Em Rondonópolis/MT, a alta semanal é de 6,4%, com referência em R$ 66,85/sc.