A Minerva Foods registrou prejuízo líquido de R$ 31,406 milhões no primeiro trimestre de 2019, ante R$ 114,721 milhões no mesmo período de 2018, uma variação de 72,62%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado teve alta de 15,4% no período, para R$ 328,8 milhões; a margem Ebitda ficou em 8,8%, ante 8,1% nos três primeiros meses do ano passado.
Já a receita líquida subiu 5,6% ante o mesmo trimestre de 2018, para R$ 3,727 bilhões.
A receita bruta da Minerva de janeiro a março de 2019 foi de R$ 3,975 bilhões, 6% superior à do mesmo período do ano anterior. Do total, 61% vem de exportações – a empresa afirma que alcançou market share de 20% na América do Sul no segmento de carne bovina.
O diretor Financeiro da companhia, Edison Ticle, afirma que o câmbio é o principal responsável pelo prejuízo líquido da empresa. “Se o câmbio parar de subir, nós fazemos lucro recorrentemente”, disse. “Ajustando pela variação cambial, a companhia teria feito lucro em todos os últimos cinco trimestres”, diz ele.
A divisão Indústria Brasil foi responsável por 44% da receita bruta do trimestre; a divisão Trading respondeu por 17%; e a Athena Foods contribuiu com 39%. Ticle destaca o papel da Ásia, destino de 34% das exportações da companhia. “E esses números ainda não foram afetados pela peste suína africana”, diz ele, que estima que os efeitos cheguem principalmente no segundo semestre deste ano. “Em abril, já sentimos alguns efeitos – alguns cortes de bovinos já subiram até 10%”, afirmou.
A dívida líquida ficou em R$ 6,2 bilhões no fim do trimestre. De acordo com a companhia, a alavancagem financeira – relação entre dívida líquida e Ebitda dos últimos 12 meses – ficou em 3,8 vezes, estável ante o quarto trimestre do ano passado. (AE)