Milho

Na última semana, o milho tem passado por correções para cima, com o indicador acumulando alta de 1,5%, e subindo de R$ 32,82 para R$ 33,31/sc no período (na comparação diária, avançou 0,42 p.p.).

O movimento também se registra sobre os futuros, com o contrato de maio se fortalecendo 4,5% no comparativo semanal, e balizando-se em torno de R$ 33,30/sc. Este vencimento será liquidado hoje (15/mai) pela média dos últimos três fechamentos do CEPEA.

E os contratos para setembro e novembro/19 avançaram ao redor de 2,5% no mesmo intervalo, seguindo com novos reajustes no pregão de hoje. As parciais ficam em R$ 32,95/sc (set/19) e em R$ 35,00/sc (nov/19).

Vale destacar que as exportações são proporcionalmente maiores no 2º semestre, e a expectativa de mercado internacional aquecido, combinado com o dólar firme, pode ser o pano de fundo para as correções positivas.

Por outro lado, a chegada da oferta da safrinha, com expectativas de produtividades ainda maiores do que as projeções atuais (dada as boas condições das lavouras), pode desacelerar as correções positivas em bolsa, podendo preservar as cotações ao redor dos novos patamares já alcançados.

Boi gordo

Escalas alongadas e a chegada da seca devem pressionar arroba do boi gordo nas principais praças pecuárias.

Na média das praças levantadas pela Agrifatto, as escalas de abates atendem a 8,7 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo, estão em 9,4 e 8,7 dias, respectivamente. Já em Goiás e Mato Grosso, atendem a 7,0 e 8,0 dias.

A chegada do frio nas principais praças pecuárias indica que as condições das pastagens devem piorar consideravelmente nas próximas semanas, aumentando a oferta de animais e pressionando as indicações de compra dos frigoríficos.

Ontem (14/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,60/@, alta de 2,76% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 subiu 0,33% e fechou em R$ 152,80/@. Já o contrato futuro para outubro/19 encerrou o dia em R$ 161,25/@, alta de 0,53% ante o fechamento de segunda-feira (13).

A carcaça casada bovina está cotada em R$ 10,50/kg, queda de 1,50% no comparativo de 30 dias. Entretanto, com as quedas da arroba nas últimas semanas, o spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo) segue trabalhando em campo positivo.

Soja

A retórica comercial entre EUA e China continua sem novidades e com informações ainda nebulosas, mas após a elevação das tensões que derrubaram os futuros em Chicago, as cotações na bolsa norte-americana passam por correções positivas.

Os futuros da soja avançam ao redor de 9,5 pontos nesta manhã (15/mai), operando em US$ 8,40 para os contratos mais curtos e em US$ 8,97/bushel para os vencimentos mais longos. Além disso, há novas valorizações também para o milho e para o trigo na CBOT, subindo em torno de 7 pontos.

E enquanto a disputa comercial continua repleta de incertezas, o clima norte-americano ganha protagonismo cada vez maior.

Espera-se tempo mais firme na região agrícola dos EUA nos próximos dias, possibilitando avanços dos trabalhos em campo. Entretanto, as condições climáticas devem voltar a ficar mais desafiadoras no final de semana, e dificilmente, o atraso que se registra nesta temporada será contornado.

Deste modo, a temporada 2019/20 nos EUA será marcada por riscos climáticos maiores, elevando a volatilidade dos preços futuros na CBOT.

Na próxima segunda-feira (20/mai), o USDA divulgará o relatório semanal de acompanhamento das culturas, e certamente o mercado estará atento às atualizações sobre o plantio desta nova safra.