Milho
A distância de preços entre os contratos de milho se ampliaram, e após o vencimento de maio e de setembro serem negociados nos mesmos patamares no início desta semana, no início do pregão de hoje (10/mai), o contrato de maio é precificado R$ 1,27/sc acima do vencimento do segundo semestre.
A correção para cima do último indicador do CEPEA, subindo para R$ 33,02/sc (+0,36%), também reajustou positivamente o vencimento para maio, com os dois indicadores de preços convergindo na mesma direção.
Por outro lado, o contrato de setembro recua nesta manhã, colaborando para ampliar a diferença entre esses dois vencimentos.
A liquidez no mercado futuro foi positiva nesta semana, com movimentação técnica e tentando uma correção para cima.
Já a comercialização no físico segue mais fria, a baixa disponibilidade do insumo diminui o ritmo de negócios no balcão, enquanto as referências em queda para entrega futura também desestimulam a ponta vendedora.
Por fim, a CONAB divulgou sua nova estimativa de colheita de milho, elevando para 92,25 milhões de toneladas.
A renovação dos estoques deverá manter as cotações pressionadas, e o desempenho das exportações será fundamental para dita a disponibilidade interna e conduzir as cotações.
Boi gordo
Com pouca reação no consumo interno de carne bovina e escalas alongadas, arroba pode perder sustentação no curto prazo.
O feriado de Dia das Mães e a sazonalidade de consumo de carne bovina, que é impulsionado pelo pagamento de salários na primeira metade do mês, não aqueceram o ritmo de escoamento de carne do atacado.
Entretanto, é preciso esperar até o final de semana e, caso não haja uma reação consistente dos preços neste período, a arroba pode voltar a uma trajetória baixista em maior intensidade na segunda metade de maio.
Nas praças levantadas pela Agrifatto, a escalas de abate média estão em 7,6 dias e se aproximam da última semana do mês em algumas praças, como é o caso de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.
Ontem (09/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,50/@, alta de 0,79% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o vencimento maio fechou o dia em R$ 152,20/@, sem variação ante a quarta-feira (08). Já o vencimento outubro subiu 0,79% e encerrou o dia em R$ 159,65/@.
No atacado, a carcaça casada bovina está cotada em R$ 10,50/@, queda de 0,14% no comparativo de 30 dias.
Soja
Em cenário de aversão ao risco, os futuros da soja em Chicago caíram mais de 1% no pregão de ontem (09/mai), com o contrato para maio fechando a US$ 7,99/bushel e acumulando queda de 12,54% desde o início deste ano.
Além das negociações que continuarão em Washington hoje, o mercado também aguarda por novidades do USDA, com a divulgação de novo relatório de oferta e demanda (deverá ser divulgado às 13h – horário de Brasília).
No mercado doméstico, as quedas em Chicago pressionaram as cotações por aqui, que não caíram com mais intensidade pelos reajustes positivos do dólar e dos prêmios.
Neste sentido, o câmbio subiu 0,41% com fechamento em R$ 3,94 – nesta manhã, avança mais timidamente, subindo 0,07%, e praticamente mantendo o patamar alcançando na véspera.
Já os prêmios brasileiros sobem pelas incertezas sobre a disputa comercial, balizando-se ao redor de US$ 0,65 para embarques em junho e em US$ 0,75/bushel para envios do mês seguinte. Há 30 dias, registravam-se em +US$ 0,40/bu para embarque nos dois meses.