Milho
Nos últimos 30 dias, o indicador de milho CEPEA caiu 12,22%, com a saca passando de R$ 37,40 no início de abril, para R$ 32,82/sc no último levantamento (queda diária de 0,18%).
No mesmo período os preços em Dourados/MS caíram 10,6%, balizados em torno de R$ 24,90/sc, seguido por Rio Verde/GO (-5,10% para 29,55/sc) e Triângulo Mineiro (-4,85% para R$ 30,70/sc).
A exceção fica para Sorriso/MT, onde a cotação subiu 2,73% no último mês – na esteira da valorização do dólar (com referência em R$ 21,07/sc).
Em bolsa, o contrato para maio tem valorização de 0,26 pontos no início do pregão de hoje (08/mai), com a parcial em R$ 32,17/sc convergindo com o indicador da Esalq. Os vencimentos do 2º semestre também sobem, mas em menor intensidade.
A valorização mais forte do contrato de maio afasta a sua cotação em relação a setembro, com a diferença parcial em R$ +0,47/sc. Vale destacar que no pregão de ontem, os dois vencimentos chegaram a ser negociados com os mesmos preços.
Ou seja, os futuros passam por correções positivas nesta semana, mas ainda exibem resistência em manter equilíbrio em patamares mais altos.
Boi gordo
Com a oferta de animais terminados crescendo, as indústrias saem as compras, preparando-se para o período de maior consumo, e assim, evitam quedas mais intensas para a arroba.
Já que o escoamento mais acelerado do atacado neste período do mês pressiona os frigoríficos a originarem boiadas com mais avidez, sustentando as cotações no curtíssimo prazo.
Entretanto, na segunda metade deste mês, quando o escoamento do atacado passar por ajustes devido ao consumo menor no período, as indicações devem intensificar a trajetória baixista.
As escalas de abate média avançaram 21% no comparativo diário e atendem a 7,7 dias. O destaque fica para Rondônia, onde as programações passaram de 5,2 para 11,0 dias. Em São Paulo, atendem a 8,0 dias.
Ontem (07/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,25/@, alta de 0,16% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o vencimento mais curto, maio/19, recuou 0,10% e fechou em R$ 152,35/@. Já o contrato para outubro/19 caiu 0,03% e encerrou o dia em R$ 158,45/@.
As quedas do indicador do boi gordo (Esalq/B3) tem pressionado os contratos futuros, que recuaram nos últimos pregões. O spread (diferença) entre os contratos maio/19 e outubro/19 está em 4,0% (ou R$ 6,10/@).
Soja
Novas notícias revelam que a China voltou atrás em importantes pontos do acordo comercial com os Estados Unidos. A informação afastaria novamente a expectativa de uma resolução da disputa no curto prazo.
Ao mesmo tempo, pode-se entender como uma pressão de Pequim para que os EUA não elevem as taxações sobre as importações chinesas, marcadas para acontecer nesta próxima sexta-feira (10).
E enquanto a China continuar ausente de novas compras da soja norte-americana, a pressão sobre a soja continua por lá. Aliás, o cenário continua baixista para o grão, já que as condições climáticas ficam preocupantes neste início de temporada.
A janela ideal de plantio do milho se comprime, diminuindo as alternativas do produtor dos EUA.
Enquanto isso, os prêmios em Paranaguá subiram nas últimas semanas, e ficam balizados entre US$ 0,57 e US$ 0,70/bushel para embarque nos próximos três meses.
A alta do dólar também colaborou para ampliar as referências pela soja brasileira, chegando a subir 2,6% em Rondonópolis/MT (R$ 62,95/sc). Entretanto, as referências ainda se mantêm menores na comparação mensal, afastando vendedores de algumas praças de novas negociações.
Cotações parciais
Boi gordo
Mai/19: 152,10 / -0,20
Jun/19: 151,70 / -0,80
Jul/19: 153,50 / 0,00
Ago/19: 155,85 / 0,00
Out/19: 157,55 / -0,95
Milho
Mai/19: 32,15 / 0,24
Jul/19: 31,40 / 0,21
Set/19: 31,76 / 0,01
Nov/19: 33,50 / 0,05
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jul/19: 18,38 / 0,00
Ago/19: 18,52 / 0,00
Soja – CBOT
Mai/19: 819,25 / 1,50
Jul/19: 831,75 / 1,00
Ago/19: 838,25 / 1,25
Set/19: 843,50 / 1,00
Dólar comercial: 3,94
Dólar Futuro
Mai/19: 3948,00 / -31,00
Jun/19: 4006,00 / 0,00
Jul/19: 4006,55 / 0,00