Milho

Os fatores de precificação iniciaram a semana trabalhando em campo negativo, com os contratos futuros dando continuidade ao movimento baixista, e assim, o vencimento para maio cai 0,23 pontos para R$ 31,82/sc e o setembro cai 0,04 pontos para R$ 31,36/sc no início do pregão de hoje (06/mai).

Vale destacar que os contratos caminham de forma técnica nos últimos pregões, respeitando os suportes de preços mínimos, e devem aguardar por novos fatores para exibir tendência mais clara.

Os ajustes negativos na B3 acontecem na esteira de um indicador do físico mais fraco, a última referência do CEPEA caiu 1,69% para R$ 33,21/sc – o menor patamar desde 05 de fevereiro de 2018.

Além disso, as quedas em Chicago também colaboram para a pressão negativa, o milho na CBOT cai em torno 8 pontos para os vencimentos mais longos (maio e julho/20) e ao redor de 13 pontos para os vencimentos mais curtos (maio e julho/19).

As quedas por lá acontecem pela disputa comercial entre EUA e China, com o temor de novas taxações entre os dois países.

Boi gordo

Pagamento dos salários e feriado do Dia das Mães devem aumentar escoamento de carne do atacado, aumentando a procura dos frigoríficos por animais.

Condições das pastagens nas principais praças pecuárias ainda permitem uma venda compassada dos animais de safra, limitando o poder da indústria em diminuir as indicações de compra.

Entretanto, as escalas de abate alongada dão certa tranquilidade na originação de animais terminados. Assim, os preços devem seguir firmes nesta semana, variando conforme a oferta de animais.

Na sexta-feira (3/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,65/@, alta de 1,08% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio recuou 0,13% e fechou a última semana em R$ 152,75/@. Já o vencimento outubro caiu 0,22% e fechou em R$ 158,80/@.

A carcaça casada bovina recuou 0,61% no comparativo diário e encerrou a última semana em R$ 10,53/kg. O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo) está em 2,13%.

Soja

Há poucos dias de novas negociações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ampliou a pressão sobre um acordo com a China, ameaçando elevar as tarifas sobre os 200 bilhões de dólares já existentes.

E assim, o temor de que as negociações estejam avançando lentamente, combinado com o clima desafiador nos EUA (o que pode impedir ampliação da área cultivada com o milho), e com a China importando volume menor de soja em meio ao surto de peste suína, geram ambiente de ampla oferta e alteram o equilíbrio de preços.

Este ambiente leva a aversão ao risco, com a soja caindo 25 pontos hoje (06.mai) e puxando o contrato de maio a US$ 8,05/bushel, e mesmo um vencimento mais longo, para janeiro de 2020, o grão fica balizado em US$ 8,50/bushel.

O ambiente de investidores afastando-se dos riscos também se reflete sobre a variação do dólar, subindo 0,93% para R$ 3,97.

Neste cenário, a soja brasileira também deverá ficar pressionada para baixo, continuando o movimento baixista já observado nas últimas semanas. Em 15 dias, a soja em Paranaguá caiu 4% com a última referência do CEPEA em R$ 73,40/sc.

Cotações parciais

Boi gordo
Mai/19: 153,00 / 0,25
Jun/19: 152,65 / 0,00
Jul/19: 153,50 / 0,00
Ago/19: 156,00 / 0,00
Out/19: 159,00 / 0,20

Milho
Mai/19: 31,82 / -0,23
Jul/19: 31,19 / -0,01
Set/19: 31,63 / -0,04
Nov/19: 33,50 / -0,10

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jul/19: 18,04 / -0,61
Ago/19: 18,76 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 805,50 / -24,00
Jul/19: 817,25 / -25,00
Ago/19: 823,75 / -25,00
Set/19: 829,50 / -24,50

Dólar comercial: 3,97

Dólar Futuro
Mai/19: 3983,50 / 35,00
Jun/19: 3957,00 / 0,00
Jul/19: 3966,00 / 0,00