Milho

Apesar do feriado nesta semana, a demanda pelo milho nos portos da América do Sul mostrou-se ativa, com o insumo valorizando-se ao redor de 3 pontos, e balizando-se em US$ 151,80 na Argentina e em U$$ 157,77/tonelada no Brasil.

Já no mercado físico brasileiro, a comercialização continuou relativamente lenta, com pressão negativa as cotações. E assim, o indicador do CEPEA acumulou queda de 2,70% ao longo desta semana, com o último fechamento em R$ 33,78/sc (pequena correção de +0,45% na comparação diária).

Para entrega futura a baixa das referências esfriou a intenção vendedora, que deve começar os trabalhos de colheita do milho nos próximos dias. As indicações para entregar o insumo em julho no MT ficam entre e R$ 20 e R$ 21,00/sc.

Em bolsa, as cotações contaram com correção para cima no pregão de ontem (03/mai). O contrato de maio subiu 1,71% com fechamento em R$ 32,05/sc, respeitando o suporte gráfico em R$ 31,40/sc.

Por fim, o vencimento para setembro subiu 1,10%, com fechamento em R$ 31,50/sc e mostrando suporte mais forte em R$ 31,10/sc.

Boi gordo

Melhora do consumo interno e Dia das Mães podem dar firmeza ao mercado pecuário na próxima semana.

As escalas alongadas e o consumo mais fraco permitiram que as cotações da arroba se ajustassem nas duas últimas semanas. Mas a expectativa é que este cenário mude no curto prazo.

O pagamento de salários e o feriado de Dia das Mães (12/mai) podem aumentar o consumo e pressionar as indústrias a originarem animais com maior avidez, gerando sustentação aos preços na primeira metade de maio.

Já a partir da metade de maio, as cotações podem registrar novos alívios, tanto pelo ritmo menor do consumo quanto pela maior oferta de animais terminados.

Em paralelo, as exportações de carne bovina in natura de abril/19 contabilizaram um volume total de 109,80 mil toneladas e uma receita de US$ 415,67 milhões.

A média diária registrada foi de 5,23 mil toneladas, queda de 16,2% em relação à média do mês anterior, mas com avanço de 56,7% frente ao desempenho do mesmo período de 2018.

Ontem (02/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,00/@, queda de 1,26% ante o fechamento anterior.

No mercado futuro, os vencimentos maio e outubro encerraram o dia em R$ 152,95/@ (+0,13%) e R$ 159,15/@ (+0,35%).

Soja

A soja em Chicago tenta uma tímida recuperação no início do pregão de hoje (03/mai), após nova queda importante na véspera, quando caiu em torno de 1,0%.

Os fundamentos continuam sendo uma possível menor demanda da China devido a peste suína africana naquele país, a disputa comercial entre EUA e China e o clima norte-americano.

O fato é que os estoques já ampliados nos EUA enquanto a China deve consumir volume menor da matéria-prima, geram pressão baixista as cotações em Chicago.

Além disso, a valorização do dólar ontem também colaborou para alívio das indicações na bolsa norte-americana, com o câmbio subindo 1,10% para R$ 3,96.

Na esteira, os preços domésticos perderam força, com as indicações caindo 0,60% em Paranaguá, a última referência em R$ 73,95/sc é o menor valor desde o início de fevereiro de 2018.

Em nota nesta semana, o CEPEA também destaca os recuos das indicações brasileiras, em reflexo as quedas dos preços no mercado externo, reduzindo a paridade de exportação da soja no Brasil e pressionando as cotações domésticas, mesmo com a postura retraída de vendedoras nacionais.
Cotações parciais

Boi gordo
Mai/19: 152,75 / 0,05
Jun/19: 152,90 / 0,00
Jul/19: 153,00 / 0,00
Out/19: 158,95 / 0,15

Milho
Mai/19: 32,18 / 0,13
Jul/19: 30,95 / 0,05
Set/19: 31,50 / 0,00
Nov/19: 33,40 / 0,09

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jul/19: 18,65 / 0,00
Ago/19: 18,69 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 831,25 / 0,75
Jul/19: 845,50 / 2,25
Ago/19: 852,25 / 2,75
Set/19: 857,50 / 2,75

Dólar comercial: 3,94

Dólar Futuro
Mai/19: 3953,00 / -25,00
Jun/19: 3986,00 / 0,00
Jul/19: 3993,30 / 0,00