Milho

As chuvas continuam no radar, com expectativa de precipitação acima da média em boa parte da região Centro-Sul do país. Nos próximos 7 dias, os acumulados podem ficar ao redor de 50 mm em estados como GO e MG.

Na conjuntura, os fatores pouco se alteraram, com falta de indicadores altistas para as cotações. A exceção recente fica para o aquecimento das negociações nos portos na última terça-feira (31/abr) – véspera do feriado.

Os prêmios brasileiros para embarque no 2º semestre ficam ao redor de +US$ 0,25/bushel, e para o milho argentino para envio no próximo mês em torno de +US$ 0,15/bushel.

E ainda, as negociações argentinas continuam aceleradas, com mais de 15 milhões de toneladas comercializadas segundo o relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires desta semana. O milho da temporada 2017/18 apenas alcançou este mesmo patamar em agosto do ano passado.

Por fim, último indicador do CEPEA segue com acomodações, caindo 0,50% e com fechamento em R$ 33,63/sc. As cotações em bolsa trabalham em campo misto, mas a maioria dos vencimentos têm correção para cima ao redor de 0,25 pontos.

Boi gordo

Em semana mais curta, arroba perde fôlego e cede no mercado físico. No futuro, contratos recuam na expectativa de um número maior de animais.

Com as escalas de abate maiores, oferecendo maior tranquilidade para os frigoríficos nas negociações, os preços no mercado físico iniciam maio em queda.

As escalas de abate média, que atendiam a 5,3 dias no início de abril, agora estão em 6,8 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo, atendem a 8,8 e 8,3 dias, respectivamente.

Nesse cenário, a liquidação do contrato futuro de abril foi em R$ 156,08/@, menor patamar desde o final de fevereiro/18.

Na terça-feira (30), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,95/@, alta de 0,45% no comparativo diário.

Os contratos futuros, na esteira do mercado físico, também perderam fôlego e ajustaram-se nos últimos dias. Os vencimentos maio e outubro fecharam a véspera de feriado em R$ 152,75/@ e R$ 158,60/@, respectivamente.

No atacado, a carcaça casada bovina acumula queda de 1,08% em 7 dias, e está cotada em R$ 10,56/kg. O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo) está em 2,23%.

Soja

Na última terça-feira (30/abr), deu início novas negociações entre EUA e China, em Pequim. Na próxima semana, novas rodadas de negociações devem acontecer em Washington, com expectativas de que sejam as últimas reuniões antes de um possível acordo entre os dois países.

Entretanto, vale destacar que há poucas informações claras sobre os avanços das negociações, com declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, de que espera “progresso substancial” nas próximas negociações.

E assim, apesar das conversas caminhando para um possível desfecho nas próximas semanas, as cotações em Chicago continuam pressionadas para baixo, e todos os contratos negociados operam abaixo de US$ 9,00/bushel.

Já sobre o clima norte-americano neste início de temporada, os mapas climáticos continuam apontando para chuvas nos próximos dias, o que deve continuam atrasando os trabalhos a campo.

Neste sentido, o risco climático segue se ampliando, mas ainda sem representar impactos concretos sobre a produção norte-americana da safra 2019/20.

No mercado doméstico, o predomínio tem sido de pressão negativa para as cotações, com o último indicador do CEPEA caindo 0,44% para R$ 74,36/sc, o menor valor desde fevereiro/2018.

Cotações parciais

Boi gordo
Mai/19: 152,50 / 0,00
Jun/19: 152,10 / 0,00
Jul/19: 153,50 / 0,00
Ago/19: 156,55 / 0,00
Out/19: 158,30 / -0,20

Milho
Mai/19: 31,84 / 0,34
Jul/19: 30,81 / 0,11
Set/19: 31,40 / 0,14
Nov/19: 33,30 / 0,18

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jul/19: 18,74 / -0,10
Ago/19: 19,39 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 836,75 / -2,75
Jul/19: 850,25 / -1,50
Ago/19: 856,50 / -1,50
Set/19: 862,00 / -1,25

Dólar comercial: 3,95

Dólar Futuro
Jun/19: 3961,50 / 33,00
Jul/19: 3972,00 / 0,00