Milho

O indicador CEPEA de milho caiu expressivamente neste mês, perdendo praticamente R$ 1,00/sc a cada nova semana.

No início de abril registrava-se em torno de R$ 38,60/sc, já na segunda semana, a saca balizava-se ao redor de R$ 37,00, e no fechamento de ontem (24.abr), os valores buscaram por novo patamar com o fechamento em R$ 34,93/sc.

O recuo diário de 2,10% para o indicador causa pressão negativa sobre as cotações em bolsa, que iniciam o pregão hoje em campo negativo, com quedas entre 0,10 e 0,30 pontos.

Nem mesmo a expressiva alta de 1,79% para o câmbio alterou as referências (o dólar fechou a R$ 3,99 e ainda consegue sustentar novos reajustes positivos nesta manhã), e mesmo com o real em baixa, os valores se acomodaram em Paranaguá, caindo 1,75% entre ontem e hoje e com última parcial em R$ 35,36/sc.

É fato que a oferta ampliada que se espera nesta safrinha gera pressão negativa, mas as cotações que não ganham tração nem mesmo com avanço de quase 2% do câmbio, apontam para uma demanda mais fria, caso contrário, repiques para cima poderiam ser registrados.

Por fim, há de se destacar também a forte queda em Chicago observada nos últimos dias, o contrato de maio caiu 1,60% apenas no pregão de ontem (24). E dependendo na nova safra norte-americana, o nível em US$ 4,00/bushel deve ficar cada vez mais distante em Chicago.

Boi gordo

Escalas de abates mais confortáveis e sazonalidade do consumo limitam alta da arroba.

As programações de abate, que recuaram no início da semana pelo feriado de Páscoa, voltaram aos maiores patamares desde o início de janeiro. Em São Paulo e Goiás, por exemplo, atendem a 9,1 e 7,5 dias, respectivamente.

O consumo interno de carne bovina recua neste período do mês e só deve ganhar tração na segunda semana de maio, com o pagamento de salários e aumento do poder de compra da população.

Do lado da oferta, as condições favoráveis das pastagens permitem ao pecuarista reter os animais, dando suporte às cotações.

Nessa queda de braços, a arroba deve seguir com poucas variações no curtíssimo prazo, mas em um horizonte maior, as chuvas devem diminuir com mudanças no cenário vigente.

Ontem (24/abr), a arroba ficou em R$ 157,95/@ (CEPEA), alta de 1,31% no comparativo diário. Para liquidação dos contratos da B3 referentes a abril, a média parcial está em R$ 157,95/@ (1/5).

No mercado futuro, o vencimento abril caiu 0,32% fechou o dia em R$ 157,10/@. Os contratos para maio e outubro encerraram a quarta-feira em R$ 154,70/@ (-0,32%) e R$ 160,55/@ (+0,06%), respectivamente.

Soja

Os preços em Chicago continuaram pressionados no pregão de ontem (24.abr), caindo entre 6,50 e 7,00 pontos. Na comparação semanal, o contrato para maio (mais curto) acumula queda de 2,65%.

E continua pesando para os mercados a menor demanda da China com a expansão da peste suína africana no país, já com relatos de esmagadoras chinesas operando com menor capacidade operacional, e certamente, a demanda pelo grão passará por ajustes no médio e longo-prazo.

A disputa comercial entre EUA e China também continua no radar, com novo encontro marcado para a próxima semana na China. Já no início de maio, nova rodada de negociações estão previstas para acontecer nos EUA.

Ou seja, se por um lado o apetite chinês deve ficar menor pela soja, por outro lado, a competição no mercado internacional pode se ampliar caso os dois países alcancem um acordo.

O cenário acima deve refletir negativamente sobre os embarques brasileiros, pressionando negativamente as cotações por aqui.

Ontem (24), apesar do dólar subindo ante o real, os recuos predominaram no balcão. Em Paranaguá, queda de 0,80% na comparação diária e parcial em R$ 75,75/sc.

Cotações parciais

Boi gordo
Abr/19: 157,00 / 0,00
Mai/19: 154,60 / -0,05
Jun/19: 155,00 / 0,00
Jul/19: 155,00 / 0,00
Out/19: 160,10 / -0,60

Milho
Mai/19: 33,82 / -0,38
Jul/19: 31,92 / -0,08
Set/19: 31,90 / -0,10
Nov/19: 34,01 / -0,14

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 18,86 / -0,04
Jul/19: 19,17 / 0,00
Ago/19: 19,29 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 855,75 / 0,50
Jul/19: 869,50 / 0,75
Ago/19: 875,75 / 1,00
Set/19: 881,25 / 1,25

Dólar comercial: 3,99

Dólar Futuro
Mai/19: 3991,50 / 0,00
Jun/19: 3999,00 / 0,00
Jul/19: 4005,00 / 0,00