Milho

O mercado de milho segue sem alterações, com cotações ainda sobre pressão negativa.

A ampla oferta mundial, além de preços competitivos pelo milho argentino, esfria as negociações antecipadas para exportação do milho brasileiro.

Os prêmios nos portos não contaram com alterações nesta semana, mantendo-se em US$ 0,25/bushel para embarques em agosto pelo porto de Santos/BR, e em US$ 0,15/bu para as exportações argentinas em junho.

No mercado doméstico continua a disputa de preços entre as duas pontas, diminuindo o ritmo de novas negociações. Por enquanto, os valores ficam ao redor de R$ 34,50/sc para entrega em junho no porto de Paranaguá.

Nesta semana, o boletim do Imea reduziu em 1,08% o indicador do milho mato-grossense, com fechamento em R$ 22,61/sc. O indicador do CEPEA também foi ajustado para baixo, em R$ 35,68/sc (-0,67%).

As cotações em bolsa contaram com variação técnica ontem (23), com players reajustando suas posições após seguidos pregões do lado da venda, mas retornando ao campo negativo no início desta manhã.

Boi gordo

Estabilidade das indicações de compra dos frigoríficos e leve queda da carne bovina do atacado devem manter preços estáveis até o final desta semana.

Na média das praças levantadas pela Agrifatto, a arroba segue praticamente estável desde a semana passada, apresentando apenas variações pontuais, a depender da facilidade dos frigoríficos em adquirir animais.

Além disso, as escalas, que vinham se alongando nas duas últimas semanas, trabalham em patamares próximos ao da semana passada na maioria das praças. Em São Paulo, atendem a 7,7 dias.

Ontem (23/abr), o indicador Esalq/B3 ficou R$ 155,90/@, queda de 1,55% no comparativo diário. O contrato futuro de abril levará em conta os fechamentos do indicador a partir de hoje (24, 25, 26, 29 e 30/abril).

Na B3, o contrato futuro para abril subiu 0,06% e fechou em R$ 157,60/@. Os vencimentos maio e outubro encerraram o dia em R$ 155,20/@ (+0,19%) e R$ 160,45/@ (+0,12%), respectivamente.

No atacado, a carcaça casada bovina recuou 0,51% nesta semana e está cotada em R$ 10,68/kg. O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo) está em 2,71%.

Soja

Ontem (23.abr), o pregão em Chicago foi marcado por forte queda, caindo 1,65% na média entre os contratos.

Os recuos mantêm todos os contratos de 2019 abaixo de US$ 9,00/bushel, com o vencimento para maio em US$ 8,64/bushel na parcial desta manhã (26). Trata-se do menor patamar para este vencimento desde meados de setembro/18.

O mercado que já vinha bastante pressionado pela falta de demanda do principal consumidor mundial, a China, agora responde as projeções climáticas mais favoráveis neste início de temporada nos EUA.

E assim, avanço dos trabalhos em campo nas próximas semanas, deverão ampliar a percepção do mercado de nova temporada com desempenho positivo, o que pode expandir a oferta global por commodities agrícolas, enquanto que o surto de peste suína africana na China reduz o apetite da ponta consumidora.

No mercado doméstico, o recuo em Chicago e também ajustes para o câmbio (o dólar caiu 0,29% com fechamento em R$ 3,92) pressionaram para baixo as referências internas.

O balcão em Paranaguá recuou 0,17% para R$ 76,35/sc. Em Rondonópolis/MT, variação negativa de 1,00% e parcial em R$ 66,00/sc. Já no Oeste do Paraná, manutenção das referências em R$ 69,70/sc.

Cotações parciais

Boi gordo
Abr/19: 157,50 / 0,00
Mai/19: 155,30 / 0,00
Jun/19: 154,50 / 0,00
Jul/19: 155,15 / 0,00
Out/19: 160,85 / 0,35

Milho
Mai/19: 34,04 / -0,06
Jul/19: 32,05 / 0,00
Set/19: 32,00 / 0,05
Nov/19: 34,30 / 0,00

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,00 / 0,00
Jul/19: 19,33 / 0,00
Ago/19: 19,43 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 863,50 / 1,50
Jul/19: 876,75 / 1,25
Ago/19: 883,25 / 1,75
Set/19: 888,50 / 1,75

Dólar comercial: 3,94

Dólar Futuro
Mai/19: 3938,00 / 16,50
Jun/19: 3934,00 / 0,00
Jul/19: 3939,26 / 0,00