Os Estados Unidos anunciaram um acordo comercial para começar a exportar carne bovina (além de aves e ovos) para a Tunísia, informou nesta quinta-feira o portal GlobalMeat. Tal conquista coloca a indústria exportadora norte-americana na disputa por um mercado de proteína animal em ascensão e já largamente abastecido pelos frigoríficos do Brasil, um grande e tradicional fornecedor da carne vermelha ao mundo árabe.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações de produtos agrícolas dos Estados Unidos para a Tunísia totalizaram US$ 264 milhões em 2018. A maioria da receita foi obtida com os embarques de milho e soja. Estimativas iniciais revelam que a Tunísia importaria, inicialmente, algo equivalente a US$ 5 milhões a US$10 milhões por ano em produtos de carne bovina, aves e ovos dos Estados Unidos, com a potencial para crescer este montante.
“O presidente Donald Trump continua a priorizar a abertura de novos mercados para os nossos produtos agrícolas, e nos saúda com esse novo acordo com a Tunísia”, disse o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer. “Estou convencido de que, quando os tunisianos experimentarem a nossa carne bovina, a galinha e os ovos, vão querer mais”, acrescentou o secretário dos EUA de Agricultura, Sonny Perdue.
No ano passado, o Brasil exportou para os países árabes o maior volume de carne bovina dos últimos 11 anos. No total foram embarcadas 341,66 mil toneladas, que chegaram a 15 dos 22 países que compõem o bloco. O volume compõe 21% do recorde mundial de exportações alcançado pelo Brasil em 2018, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). A receita gerada pelo comércio com os países árabes no último ano também foi destaque: US$ 1,13 bilhão, a maior dos últimos 6 anos.
Em 2018, dos 22 países árabes, o Brasil esteve presente, além da Tunísia, na Argélia, Bahrein, Ilhas Comores, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Omã, Palestina, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes. (DBO)