Milho
O último fechamento do indicador do CEPEA na quinta-feira (18) continuou com o movimento baixista, alcançando o menor nível de preços em mais de 5 meses. A referência de Campinas, em R$ 35,84/sc, é o menor valor desde 8 de novembro/18.
E o mercado físico em baixa iniciou pressionando negativamente o pregão desta segunda-feira (22.abr), com os preços futuros buscando por equilíbrio em patamares menores de preços. E assim, os contratos até setembro balizam-se entre R$ 32,00 e R$ 33,85/sc.
As negociações antecipadas também têm forte disputa de preços, mas os valores em queda podem retirar a pressão vendedora no curto-prazo. Já em horizonte mais longo, a dificuldade em armazenagem pode causar maior inclinação vendedora, quando avançar a colheita da safrinha.
Aliás, permanecem as boas expectativas para a safra de inverno de milho, com condições próximas aos ideais em importantes regiões produtoras, como MT, GO e MG.
Boi gordo
A depender da oferta de animais terminados em cada praça, preços pecuários podem perder fôlego altista das últimas semanas.
E se as escalas de abate registrarem avanço, com ampliação da oferta de animais prontos, as indicações podem ficar pressionadas para baixo.
Entretanto, uma firmeza dos preços no mercado físico nesta semana pode permitir novas altas no início de maio. Além do maior consumo interno no início do mês, há dois feriados: Dia do Trabalho (1/mai) e Dia das Mães (12/mai).
Na tarde de hoje, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgará os dados semanais de exportação de carne bovina in natura. A expectativa é de crescimento dos embarques ante o mesmo período de 2018.
Na quinta-feira (18/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 159,20/@, alta de 3,38% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o vencimento abril recuou 0,06% e fechou em R$ 156,50/@. Já os contratos para maio e outubro encerraram o dia em R$ 154,75/@ (+0,26%) e R$ 160,05/@ (+0,31%), respectivamente.
No atacado, a carcaça casada bovina avançou 1,47% no comparativo semanal e fechou a última semana em R$ 10,73/kg.
Soja
Nos últimos dias, o dólar permaneceu fortalecido ante o real, com o câmbio ficando balizado ao redor de R$ 3,92 nos últimos dias.
Os prêmios nos portos brasileiros também tentam alguma recuperação, balizando-se ao redor de US$ 0,40/bushel na média para os embarques dos próximos meses.
Já as cotações em Chicago continuam pressionados, registrando novos ajustes negativos no pregão desta segunda-feira (22.abr). As exportações menores com a soja norte-americana e os estoques ampliados colaboram para limitar qualquer correção para cima.
No mercado doméstico, as variações continuam regionalizadas. No MS, os preços de balcão responderam positivamente pela necessidade compradora, com a demanda direcionada tanto para exportação quanto para indústrias domésticas. E assim, a matéria-prima foi negociada por R$ 69,00/sc para entrega imediata.
Em Paranaguá, as cotações continuam balizadas ao redor de R$ 76,70/sc, acumulando queda mensal de 2,40%. Em Rio Verde/GO, novos ajustes negativos trouxeram a referência para R$ 67,40 – queda mensal de 1,20%.
Cotações parciais
Boi gordo
Abr/19: 156,50 / 0,00
Mai/19: 155,20 / 0,50
Jun/19: 155,00 / 0,50
Jul/19: 155,00 / 0,00
Out/19: 160,50 / 0,60
Milho
Mai/19: 33,94 / -0,27
Jul/19: 32,00 / -0,35
Set/19: 32,00 / -0,50
Nov/19: 34,85 / 0,00
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,35 / 0,00
Jul/19: 19,69 / 0,00
Ago/19: 19,81 / 0,00
Soja – CBOT
Mai/19: 877,25 / -3,25
Jul/19: 890,75 / -3,50
Ago/19: 896,75 / -3,25
Set/19: 901,75 / -3,00
Dólar comercial: 3,92
Dólar Futuro
Mai/19: 3922,00 / 2,00
Jun/19: 3939,00 / 0,00
Jul/19: 3948,00 / 0,00